A indústria brasileira registrou seu terceiro mês consecutivo de queda no faturamento, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre abril e maio, a retração foi de 1,2%, indicando um enfraquecimento da atividade econômica do setor.
Queda de faturamento e expectativas para 2025
De acordo com os Indicadores Industriais da CNI, o encolhimento total no faturamento do trimestre encerrado em maio, na comparação com o trimestre de fevereiro, foi de 1%. Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da entidade, afirmou que o resultado reflete a perda de dinamismo na atividade industrial brasileira.
“A demanda por produtos industriais vem diminuindo, impactando diretamente na receita das empresas”, explicou Azevedo. Apesar do cenário desafiador, a previsão da CNI é de que 2025 ainda seja um ano positivo para o setor, embora em ritmo inferior ao de 2024.
Mercado de trabalho e horas trabalhadas
Enquanto o faturamento sofre recuo, o mercado de trabalho apresentou leve melhora. O emprego na indústria cresceu 0,1% em maio, após uma queda observada em abril, a primeira em 18 meses. No trimestre encerrado em maio, o aumento foi de 0,4% em relação ao trimestre anterior.
Já o número de horas trabalhadas na produção se recuperou após dois meses de desaceleração, com alta de 0,8% em maio. Contudo, esse crescimento não foi suficiente para evitar uma redução de 0,4% na média trimestral, considerando o período de março a maio.
Mercado de trabalho e massa salarial
A massa salarial na indústria também apresentou retração. Em maio, houve queda de 3,9%, revertendo parcialmente a alta de 4,9% registrada em abril. Na comparação entre o trimestre finalizado em maio e o de fevereiro, a redução foi de 0,6%, indicando um desaquecimento do setor.
Perspectivas para o setor industrial
Apesar das dificuldades até o momento, especialistas do setor consideram que o Brasil ainda poderá experimentar um crescimento moderado em 2025. No entanto, o ritmo será mais lento do que o observado no ano passado, impactado por fatores externos e internos que reduzem a demanda por produtos industriais.
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