Brasil, 9 de julho de 2025
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Hangzhou: o novo Vale do Silício chinês na era da IA

Subúrbio de Liangzhu se torna epicentro da inovação com startups de inteligência artificial impulsionadas por incentivos locais

Uma tarde ensolarada em Liangzhu, subúrbio de Hangzhou, transformou-se em palco de um movimento que reforça o papel da China na corrida global pela liderança em inteligência artificial. Jovens empreendedores, ex-funcionários de giants como Alibaba e Facebook, se reúnem para criar empresas inovadoras, impulsionadas por incentivos governamentais e uma atmosfera que estimula a criatividade tecnológica.

Hangzhou, o novo epicentro da IA na China

À semelhança do Vale do Silício, Liangzhu tornou-se foco de startups de IA, apoiadas por subsídios e incentivos fiscais desde a última década. Felix Tao, fundador da Mindverse, afirma que “as pessoas vêm aqui para explorar suas próprias possibilidades”. Este movimento é facilitado por uma política local de incentivo à inovação, que ajudou a incubar centenas de negócios de tecnologia.

Cenário favorável e talentos de alto nível

O ambiente é movimentado por profissionais jovens, muitos formados na Universidade Zhejiang, que se tornaram altamente cobiçados por gigantes do setor. Em Liangzhu, engenheiros e programadores vivem na casa de Tao, criando uma comunidade que mistura laboratórios, cafés de programação e noites de cinema — o clássico ‘Matrix’ virou símbolo de inspiração para buscar a liberdade dos sistemas de controle.

Impulso à inteligência artificial na China

Desde 2015, o governo de Hangzhou tem incentivado o setor tecnológico local com subsídios que ajudaram a criar a “nova geração” de gigantes como Alibaba, NetEase e Hikvision. Com a chegada de startups como DeepSeek e Rokid, o polo de inovação reforça a liderança do país na IA, com sistemas de código aberto que conquistaram o reconhecimento mundial pela eficiência e baixo custo de desenvolvimento.

Desafios e o futuro do setor

Apesar do crescimento veloz, há preocupações quanto à captação de investimentos estrangeiros devido às restrições de Washington sobre acesso a chips avançados e tecnologias de hardware. Fundadores temem que a China siga o caminho de empresas como ByteDance, sob vigilância internacional, o que os força a decidir entre financiamento estatal com foco no mercado interno ou busca por investidores internacionais em países como Cingapura.

Inovação e a visão de uma IA mais humanizada

O conceito de “IA agêntica” tem inspirado empreendedores como Qian Roy, que desenvolve assistentes digitais capazes de responder às emoções e estados de espírito dos jovens usuários, com aplicativos que utilizam IA de código aberto desenvolvida por empresas chinesas e estrangeiras. Tao quer que a IA ajude as pessoas a desconectar e desfrutar de mais tempo livre, criando sistemas que apoiem a rotina diária sem sobrecarregar a mente.

Segundo Tao, “não quero que a IA apenas execute tarefas, mas que realmente lhe dê mais espaço mental”. A esperança é de que Liangzhu continue sendo uma fonte de inovação, alimentada pelo espírito de coragem e autonomia dos jovens que acreditam poder transformar o mundo por meio da inteligência artificial.

Para saber mais sobre a transformação tecnológica em Hangzhou, acesse a matéria completa.

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