Brasil, 16 de julho de 2025
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Golpe no Pix desvia cerca de R$ 800 milhões e atinge mais de 25 instituições financeiras

Fraude facilitada por funcionário da C&M Software enviou recursos a bancos menores, com prejuízo estimado de R$ 800 milhões, parte já recuperada

Um esquema de fraude no sistema Pix, facilitado por um funcionário da C&M Software, empresa responsável por conectar bancos menores e fintechs ao Banco Central, desviou aproximadamente R$ 800 milhões. Desse total, uma parte já foi recuperada, mas as investigações continuam em andamento.

Operações suspeitas e principais responsáveis pelo desvio

Segundo relatos, a maior parte dos recursos desviados foi transferida às três instituições de pagamento suspensas cautelarmente pelo Banco Central: Transfeera, Nuoro Pay e Soffy. Além dessas, o restante foi pulverizado para contas de mais de duas dezenas de participantes do Pix, incluindo grandes bancos — o número total de envolvidos pode chegar a quase 40.

Foco na suspeita envolvendo a Soffy

O caso que mais chamou atenção foi o da Soffy, criada em junho de 2020, mas que aderiu ao Pix somente no final de abril. A empresa teria recebido R$ 270 milhões dos valores desviados. A agência não autorizou oficialmente a operação, mas ela pode participar do sistema sob responsabilidade de instituições autorizadas pelo Banco Central. A suspensão cautelar imposta à Soffy pode durar até 60 dias.

Indícios de falha na segurança do sistema

Relatos de fontes com conhecimento do caso indicam que os registros das operações fraudulentas mostraram sinais de irregularidade, sugerindo uma possível falha nos mecanismos de controle dos bancos e instituições de pagamento envolvidas. Além disso, a transferência ocorrida de madrugada reforça a preocupação com as brechas na segurança do sistema.

Acesso por funcionário e prisão

Inicialmente, acreditava-se que o golpe teria sido iniciado por meio de um ataque hacker. No entanto, as investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam que o acesso aos sistemas da C&M Software foi realizado por um funcionário da empresa, João Nazareno Roque, de 48 anos, que teria sido aliciado pelos criminosos em troca de R$ 15 mil. Ele foi preso na última sexta-feira.

Reação das instituições envolvidas

A Transfeera divulgou uma nota afirmando que está colaborando com as autoridades para a liberação do Pix e reforçou o compromisso com a segurança do Sistema Financeiro Nacional. Já a Nuoro Pay e a Soffy não se manifestaram até o momento.

Consequências e próximas etapas

O Banco Central ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. As investigações continuam para identificar todas as ramificações do golpe e fortalecer os mecanismos de proteção contra fraudes no sistema Pix. As autoridades também buscam recuperar os recursos desviados e punir os responsáveis pelo esquema.

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