O cenário vibrante de Hong Kong se transformou nos últimos dias em um verdadeiro festival da cultura brasileira. O Festival Extravaganza, realizado no AIA Vitality Park às margens do Victoria Harbour, reuniu mais de 20 mil pessoas em uma celebração repleta de alegria e diversidade cultural. Com uma programação intensa que incluiu música, dança e várias ativações, o evento proporcionou uma verdadeira maratona de cores e ritmos, emocionando todos os presentes.
Intercâmbio cultural entre Brasil e Hong Kong
O festival foi realizado com o suporte do Hong Kong Tourism Board, que reconhece a importância de eventos que promovem o intercâmbio cultural. Como parte do processo, 15 jornalistas de Hong Kong foram convidados a viver a experiência do Carnaval no Rio de Janeiro no início do ano, uma iniciativa que ajudou a estreitar os laços culturais e aumentar a visibilidade do Extravaganza na Ásia.
Durante sua visita, os jornalistas foram guiados pelo renomado fotógrafo Brian Ching, que capturou momentos significativos do Carnaval e da cultura brasileira. As imagens resultantes deram origem à exposição When Brazil Meets Hong Kong, uma homenagem à força e à beleza do Carnaval, que esteve em exibição durante todo o festival.
Atrações e experiências no festival
Entre as diversas atrações que aconteceram nas semanas que antecederam o festival, o hotel Rosewood foi palco de apresentações intimistas de samba e bossa nova, enquanto o Central Market pulsou com o ritmo da capoeira e samba reggae. O elegante Lee Tung Avenue também foi tomado pela energia brasileira, encantando o público já ansioso pela grandiosidade do evento.
Um momento histórico ocorreu na Disneyland Hong Kong, que pela primeira vez viu uma escola de samba, a Unidos de Padre Miguel(UPM), se apresentar. A participação da escola, acompanhada pela Cia Tradições de Capoeira e o tricampeão mundial de futebol freestyle Ricardinho, encantou pequenos e grandes, mostrando a força da cultura brasileira em um dos destinos turísticos mais icônicos do mundo.
Impacto na comunidade local
Pelo festival, classes de samba e capoeira foram oferecidas em quatro escolas públicas de Hong Kong, alcançando cerca de 400 alunos. As crianças se divertiram, aprendendo sobre a cultural brasileira e interagindo com artistas. Esse aspecto educativo foi um dos pilares do festival, buscando não apenas entreter, mas também educar e cativar as novas gerações.
Durante os três dias de evento, a caipirinha exclusiva do Extravaganza se destacou. Desenvolvida especialmente para o festival, a bebida fez sucesso e se tornou uma experiência imersiva, onde os visitantes podiam também se vestir com fantasias típicas da festa. Essa interatividade criou um vínculo especial entre os participantes e a rica cultura brasileira, permitindo que levassem para casa memórias incrivelmente festivas.
A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades, como Paul Chan Mo-po, secretário de finanças da Região Administrativa Especial de Hong Kong, e Hervelter de Mattos, Cônsul-Geral adjunto do Brasil em Hong Kong. As falas dos representantes holandeses destacaram a importância de um evento que une culturas e celebra a diversidade.
Depoimentos e expectativas para o futuro
Após o festival, muitos brasileiros que habitam Hong Kong expressaram sua alegria e gratidão pela realização do evento. Carlos Neves, que vive na cidade há quatro anos, comentou: “A comunidade brasileira nunca teve um evento como esse aqui… superou todas as minhas expectativas.” A emoção foi compartilhada por Daniela Tiurion, que agradeceu pela oportunidade de viver parte da sua cultura em um lugar distante de casa.
O Extravaganza consolidou-se como um dos maiores eventos brasileiros já realizados na Ásia, com mais de 10 horas de programação diária e uma variedade de atrações que engajaram o público local e visitantes. A iniciativa busca desenhar um futuro promissor para novas edições, com a inclusão do festival na Sapucaí, levando a energia do Brasil ainda mais longe.
Para Stefan Matzinger, o CEO do festival, seu ideal é claro: “Unir a alma brasileira a esse cenário incrível cria uma nova ponte cultural.” E com isso, o Extravaganza não só fechou suas portas, mas também abriu novas possibilidades de intercâmbio cultural e novos laços entre duas nações.