Brasil, 16 de julho de 2025
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Edinho Silva é eleito presidente do PT e promete unir o partido

Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, é eleito presidente do PT e se compromete a articular a reeleição de Lula em 2026.

Na última segunda-feira, o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, foi eleito presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) com uma expressiva vantagem. Sua eleição representa não apenas uma mudança de liderança, mas também um compromisso de unir o partido e articular um campo democrático em torno da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição em 2026. Edinho enalteceu a vitória de Lula como um pilar da defesa da democracia, em contrapartida ao que considerou ser um “pensamento autoritário” que tem ganhado força na política brasileira.

União e diálogo como prioridades

Durante seu discurso de posse, Edinho enfatizou a importância da unificação do PT, reconhecendo os desafios que isso envolve. “Meu trabalho será para unificar o nosso partido, na complexidade que isso significa”, afirmou. Ele ressaltou a necessidade de vencer as eleições de 2026 para garantir que a democracia prevaleça diante do crescimento de ideologias autoritárias, que ele relacionou a infiltrações fascistas na política atual.

Apoio e desafios internos

Edinho lidera a votação com 73,48% dos votos contabilizados até agora, com cerca de 342,2 mil votos totalizados. O deputado Rui Falcão ficou em segundo lugar, com 11,15%, seguido por Romênio Pereira (11,06%) e Valter Pomar (4,3%). Vale destacar que a eleição do novo presidente ocorreu sem a participação do estado de Minas Gerais, que por questões judiciais terá sua votação adiada para o próximo domingo. Outros estados, como Pernambuco, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro, também ainda não tiveram todos os votos apurados, e, no total, mais de 400 mil filiados devem participar deste processo eleitoral interno.

Nova estratégia de alianças

A vitória de Edinho representa um fortalecimento de um grupo dentro do PT que defende uma estratégia de alianças amplas, buscando maior abertura ao diálogo com partidos de centro e centro-direita. Isso reflete uma mudança na relação entre o partido e o Palácio do Planalto. A gestão anterior de Gleisi Hoffmann foi marcada por conflitos, inclusive com setores do governo, enquanto a nova direção espera um diálogo mais produtivo.

Desafios e estratégias futuras

Internamente, a escolha de Edinho não contava com o apoio inicial de Gleisi, mas essa tensão diminuiu após sua nomeação para a Secretaria de Relações Institucionais, o que parece ter estabelecido um clima de colaboração. Em seu discurso, Edinho reconheceu a importância de Gleisi, considerando-a “a maior da história do PT”, especialmente pela condução do partido durante períodos difíceis como a Lava-Jato e a prisão de Lula.

Outro fator que influenciou sua eleição foi a desistência do vice-presidente nacional Washington Quaquá, num movimento que visava garantir que a atual secretária de Finanças, Gleide Andrade, permanecesse em seu cargo. Gleide é vista como uma figura equilibradora entre as diferentes correntes internas do partido.

Defesa de um governo à sociedade

Em sua fala, Edinho também comentou sobre a recente decisão do governo de judicializar após o Congresso rejeitar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Afirmou que o governo precisa “defender suas posições diante de uma derrota imposta pelo Congresso Nacional” e que essa estratégia não contradiz a busca pelo diálogo com a sociedade.

Por fim, Edinho expressou gratidão pelo apoio de Lula durante sua campanha para presidência do partido e garantiu que trabalhará arduamente para merecer essa confiança. A trajetória de Edinho Silva como presidente do PT promete ser marcada por esforços para fortalecer a democracia e preparar o terreno para a reeleição de Lula em 2026.

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