Brasil, 16 de julho de 2025
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Reforma tributária e cortes em Medicaid aprovados pela Câmara dos EUA

Legisladores aprovaram pacote que reduz impostos, limita programas sociais e aumenta gastos com deportações, causando controvérsia

Nesta quinta-feira (23), a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou um extenso projeto de lei que contempla cortes de impostos, restrições ao Medicaid e reforço na política de imigração sob administração de Trump. Com voto de 218 a 214, a legislação agora segue para sanção presidencial, gerando críticas por seus efeitos sociais e fiscais.

Impactos na saúde e na economia enfrentados pela lei tributária

O projeto impede expansões recentes do sistema de assistência social, ao mesmo tempo em que mantém os cortes fiscais de US$ 4,5 trilhões assinados por Trump. A medida, se aprovada, quase não compensará os cortes de mais de US$ 1 trilhão em programas como alimentação e saúde, o que ameaça o funcionamento de hospitais, especialmente em áreas rurais, segundo especialistas.

“Este é um ataque aos mais vulneráveis para beneficiar os mais poderosos”, afirmou o deputado democrata Jim McGovern (Massachusetts), antes da votação. “Uma traição aos valores do país”, completou.

Política de imigração e gastos emergenciais

Paralelamente aos cortes sociais, o Congresso destinará US$ 150 bilhões para a política de deportação de Trump, incluindo US$ 45 bilhões para novos centros de detenção e US$ 29 bilhões para agentes do ICE (Immigration and Customs Enforcement). Estes recursos representam mais de cinco vezes o orçamento anual da Penitenciária dos EUA, e o foco em deportações é reforçado por declarações de Trump sobre a possível expulsão de cidadãos nativos.

De acordo com a deputada Alexandria Ocasio-Cortez (Nova York), “Estamos falando de um ICE transformado em força paramilitar. Isto representa uma ameaça às nossas liberdades e à sociedade americana.”

Reação política e posições internas

Apesar de alguns membros moderados da Câmara terem manifestado reservas quanto aos cortes em Medicaid, apenas o republicano Brian Fitzpatrick (Pensilvânia) votou contra o projeto, após pressões e negociações. Muitos parlamentares políticos reclamaram do processo legislativo apressado, que durou até a madrugada de sexta-feira, com votos de protesto e decisões de última hora.

O líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, afirmou que o projeto representa um ataque à saúde pública e ao bem-estar social, ressaltando os riscos de a legislação acabar com o Medicaid como é conhecido.

Consequências e próximas etapas da legislação

As mudanças na política de Medicaid começarão a valer em 2027, mas o aumento de gastos com deportação e segurança migratória será imediato. A previsão é que o pacote aumente o endividamento nacional em pelo menos US$ 3,4 trilhões, desafiando as previsões de crescimento econômico a curto prazo.

Especialistas criticam a velocidade e o método da tramitação, acusando o projeto de favorecer o enriquecimento de elites às custas de programas sociais essenciais ao bem-estar da população mais vulnerável.

O Congresso ainda deve enfrentar desafios e possíveis tentativas de alterações ao projeto antes de sua sanção final. Hosts políticos expressam preocupação com o impacto social do pacote, que reforça uma agenda de austeridade e repressão migratória.

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