Brasil, 28 de agosto de 2025
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Partido dos Trabalhadores realiza eleições internas neste domingo

Mais de 2 milhões de filiados escolherão novas lideranças do PT nas eleições deste domingo (6/7).

Neste domingo, 6 de julho, o Partido dos Trabalhadores (PT) iniciará seu processo de eleição direta (PED), onde mais de 2 milhões de filiados terão a oportunidade de eleger as novas direções municipais, estaduais e nacional da sigla para os próximos quatro anos. A eleição ocorre em um momento crucial para o partido, que busca se reafirmar no cenário político brasileiro, especialmente ante um ano eleitoral que se aproxima rapidamente.

Favoritos e disputas acirradas

O principal candidato para suceder Gleisi Hoffmann à presidência nacional do PT é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, que conta com o apoio de figuras importantes dentro do partido, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Gleisi Hoffmann. Com uma longa trajetória política, Edinho entra como o favorito em um cenário onde outros três candidatos tentam desafiar sua liderança, porém, chances de um segundo turno são consideradas remotas. Os candidatos adversários incluem:

  • Rui Falcão, deputado federal e ex-presidente do PT;
  • Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais;
  • Valter Pomar, historiador e militante do partido.

Como será a votação do PED

A votação acontecerá das 9h às 17h em diretórios municipais de todo o Brasil, onde serão eleitos presidentes nacional, estaduais, municipais e zonais. A expectativa é de que o resultado seja anunciado apenas na segunda-feira, já que a contagem dos votos começa às 17h do próprio domingo. Filiados que residem no exterior também poderão participar, votando apenas para a presidência nacional.

Tensões e disputas regionais

No entanto, a atmosfera interna do PT é marcada por tensões e disputas regionais acirradas. Candidatos às presidências estaduais e municipais têm se envolvido em conflitos que acentuam divisões dentro do partido. Um exemplo significativo é o que ocorre em Minas Gerais, onde quatro candidatos estão na disputa: Dandara Tonantzin, Esdras Juvenal, Juanito Vieira e a deputada estadual Leninha. A candidatura de Dandara recebeu controvérsias, após ter sido suspensa inicialmente devido a uma dívida partidária. Porém, uma liminar judicial recente permitiu que ela continuasse na disputa, risco que pode desestabilizar ainda mais a dinâmica local do PT.

Além de Minas Gerais, os ambientes eleitorais no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul também estão cheios de tensão, com cinco e seis candidatos, respectivamente. O Paraná, onde Gleisi Hoffmann recentemente deixou a presidência do partido, apresenta a candidatura do deputado estadual Arilson Chiorato, apoiado por Hoffman e desafiado por o deputado federal Zeca Dirceu, familiar do ex-ministro José Dirceu.

Os Estados e suas particularidades

No Espírito Santo, a disputa é acirrada entre as candidaturas da deputada federal Jack Rocha e do ex-prefeito João Cóser, que conta com o apoio de Iriny Lopes, ex-ministra das Mulheres. O cenário na Bahia também é notável, com o ministro da Casa Civil Rui Costa apoiando Jonas Paulo, enquanto o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, está ao lado de Tássio Brito. No Rio de Janeiro, a disputa se intensificou com o deputado federal Reimont, que é apoiado por Lindbergh Farias e enfrenta a candidatura de Diego Zeidan, filho do prefeito de Maricá, Washington Quaquá.

A dinâmica das eleições internas do PT serve não só para definir as novas lideranças, mas também como um termômetro para as estratégias que o partido adotará nas eleições gerais de 2026, onde a disputa por possíveis candidaturas ao Senado e alianças com outros partidos se mostrará crucial.

Em meio a rachas e disputas acirradas, o Partido dos Trabalhadores buscará não apenas consolidar sua estrutura interna, mas também se preparar para os desafios políticos que estão por vir, mantendo o espírito de luta e união que molda sua trajetória histórica.

Com as eleições se aproximando, a mobilização dos filiados será essencial para reafirmar a força do PT no cenário político nacional.

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