Brasil, 6 de julho de 2025
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Brics alerta para riscos do aumento de restrições comerciais e perto do fim de trégua de Trump

Declaração do grupo criticando medidas protecionistas ocorre às vésperas do término da trégua de Trump, que busca evitar tarifas adicionais.

Os países que compõem o Brics emitiram uma declaração nesta semana advertindo que a proliferação de ações restritivas ao comércio, incluindo tarifas e medidas não tarifárias, ameaça reduzir o comércio global e desorganizar cadeias de suprimentos. A mensagem foi divulgada às vésperas do encerramento da trégua de 90 dias decretada pelo presidente americano Donald Trump, que termina nesta quarta-feira (9).

Preocupação com protecionismo e impactos no comércio internacional

Na declaração, os líderes do grupo — Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, além de outros países como Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Arábia Saudita — afirmam que o sistema multilateral de comércio está em uma encruzilhada. Segundo o documento, medidas unilaterais e distorcivas, como o aumento de tarifas e ações sob pretextos ambientais, representam uma ameaça de retração do comércio global e de instabilidade nas atividades econômicas internacionais. (Fonte: O Globo)

“A proliferação de ações restritivas ao comércio, seja por meio do aumento indiscriminado de tarifas e medidas não tarifárias, ou do protecionismo sob o pretexto de objetivos ambientais, ameaça reduzir ainda mais o comércio global, desorganizar cadeias de suprimentos e introduzir incertezas nas atividades econômicas e comerciais internacionais”, diz o documento.

Impactos do fim da trégua e negociações em andamento

A trégua de 90 dias, que visa evitar a elevação de tarifas nos Estados Unidos, está perto de seu encerramento. Até agora, o governo americano anunciou acordos comerciais com o Reino Unido, Vietnã e uma armistícia com a China, mas a expectativa é que tarifas adicionais entrem em vigor a partir de 1º de agosto, caso o período não seja renovado.

Segundo fontes, diversos países estão acelerando negociações bilaterais para evitar novas tarifas, enquanto o presidente Trump prepara anúncios nessa direção. (Fonte: O Globo)

Questões de financiamento e moedas locais

Outro tema relevante durante a cúpula do Brics foi a busca por novos mecanismos de financiamento para o desenvolvimento sustentável. Dilma Rousseff, presidente do banco do grupo, afirmou a necessidade de ampliar transações em moedas locais, para diminuir a exposição dos países emergentes à volatilidade cambial. (Fonte: O Globo)

“Devemos fortalecer o financiamento em moeda local, explorar swaps bilaterais, ajudar nossos países a reduzir a exposição à volatilidade externa e aprofundar os mercados de capitais domésticos”, afirmou Rousseff.

O presidente Lula também reiterou a importância de discutir uma moeda alternativa ao dólar nas transações internacionais, embora reconheça que seja uma proposta com obstáculos políticos de longo prazo. Segundo fontes do Itamaraty, a criação de uma moeda do Brics ainda é uma meta para anos futuros e envolve desafios políticos complexos, principalmente com a adesão de novos países ao grupo.

Perspectivas e desafios futuros

Especialistas destacam que o fortalecimento da cooperação multilateral e a adoção de moedas locais podem oferecer maior estabilidade às economias do Sul Global, diante do aumento do protecionismo e das tensões comerciais globais. Enquanto isso, o esforço do Brics por uma governança mais ampla e inclusiva busca oferecer alternativas ao sistema financeiro dominado pelo dólar. (Fonte: O Globo)

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