O pugilismo brasileiro encerrou sua participação na etapa de Astana, no Cazaquistão, da Copa do Mundo de boxe com um desempenho notável, conquistando um total de sete medalhas, incluindo quatro ouros, duas pratas e um bronze, neste domingo (6). A delegação verde e amarela ficou atrás apenas dos anfitriões, que subiram ao pódio em oito ocasiões. Este resultado reafirma a força do boxe brasileiro no cenário internacional e promete aumentar a expectativa para os próximos torneios.
Conquistas nas categorias masculinas
Os quatro ouros do Brasil foram conquistados nas disputas masculinas, destacando-se pugilistas de diversas categorias de peso. Na categoria até 60 quilos, Luiz Oliveira, conhecido como Bolinha e neto do medalhista olímpico Servílio de Oliveira, foi o grande vencedor ao superar o mongol Lundaa Gantumur. A vitória de Bolinha foi um momento emocionante, não apenas pela conquista, mas também pela história familiar que carrega.
Na competição para atletas de até 70 kg, Kaian Reis mostrou sua habilidade ao vencer o indiano Hitesh Gulia, enquanto Isaías Ribeiro garantiu o título na categoria até 90 kg ao derrotar o turco Emrah Yasar. Outra grande performance foi de Yuri Falcão, que, competindo até 65 kg, conquistou a medalha de ouro ao se impor sobre o indiano Abhinash Jamwall. Essas vitórias demonstram não apenas a capacidade técnica dos atletas, mas também sua determinação e garra.
Medalhas femininas e desafios enfrentados
O Brasil também viu boas atuações nas finais femininas, mas, infelizmente, não conseguiu a medalha de ouro. As atletas Rebeca Santos e Jucielen Romeu ficaram com a prata em suas respectivas categorias. Rebeca, competindo até 60 kg, enfrentou a cazaque Viktoryia Grafeyev, evidenciando o desafio que é lutar em casa contra uma atleta da nação anfitriã. Já Jucielen, que havia conquistado o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023, foi superada pela indiana Jaismine Lamboria, mostrando que a competitividade nas categorias femininas também está em alta.
No último sábado (5), Caroline Almeida já havia garantido o bronze, após ser derrotada nas semifinais da disputa entre pugilistas até 51 kg. Sua atuação também contribuiu para o bom desempenho geral da equipe feminina, que, apesar dos desafios, apresentou-se com coragem e resiliência.
Próximos desafios no boxe internacional
A etapa de Astana foi a terceira da Copa do Mundo de boxe de 2025, precedida por competições em Foz do Iguaçu (PR) e em Ústí Nad Labem, na República Tcheca. O próximo desafio para os pugilistas brasileiros será em Nova Déli, na Índia, entre os dias 15 e 22 de novembro, onde a equipe estará em busca de mais medalhas e estabelecendo um forte posicionamento no cenário mundial.
Além disso, em setembro, os atletas se prepararão para o Campeonato Mundial em Liverpool, na Inglaterra. Esta será a primeira edição do campeonato organizado pela nova entidade, a World Boxing, que assumiu a governança do boxe após a desfiliação da antiga Associação Internacional de Boxe (IBA) pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Essa mudança é vista como uma tentativa de proporcionar mais transparência e governança no esporte, algo muito esperado por atletas e fãs.
O Brasil, com sua rica tradição em boxe e novas gerações de talentos se destacando, entra para as próximas competições com a expectativa de continuar a conquistar Medalhas e levar o nome do país ao pódio. A paixão pelo pugilismo está mais viva do que nunca, e os próximos meses prometem ser cheios de emoções para os fãs e atletas.