No último encontro da Copa do Mundo de Clubes, um grupo de torcedores palmeirenses teve a oportunidade de assistir ao time em uma nova arena. Embora a partida não tenha terminado como desejavam, a experiência foi recheada de emoção e reflexões sobre o verdadeiro significado do futebol. Para muitos, como o cronista Rodrigo Barneschi, o importante não é apenas o que acontece dentro de campo, mas as conexões que se formam entre os torcedores.
Futebol além do campo: a dinâmica das multidões
Embora muitos torcedores assistam a jogos da Premier League, Barneschi admite que o foco vai muito além do elenco milionário e das marcas globais. Para ele, o que torna o futebol especial são as dinâmicas que se estabelecem entre as pessoas. Sua primeira impressão ao notar a escalação do Chelsea em um telão foi de total desconhecimento — não reconheceu nenhum dos jogadores, mas isso não o impediu de sentir a atmosfera vibrante ao seu redor.
A resistência e a identidade dos torcedores
Durante essa visita aos Estados Unidos, Barneschi percebeu que a torcida do Chelsea não era composta majoritariamente por ingleses. Ele observa que muitos torcedores que se vestiam com as cores azuis eram, na verdade, turistas que estavam ali por conveniência. Essa desconexão se refletiu em uma falta de camaradagem entre os fãs, algo que se esperaria de pessoas que compartilham uma paixão em comum.
Na visão de Barneschi, a energia que impulsiona uma torcida verdadeira, que se conhece e se reconhece após anos de encontros em estádios, estava ausente naquela partida. Ele citou a experiência da Copa do Mundo de Clubes como um torneio financeiro e não esportivo, uma visão que ecoa entre muitos torcedores que entendem que o futebol deve ser mais do que um espetáculo comercial.
Desafios em um ambiente competitivo
A partida em si trouxe desafios imensos para o Palmeiras, que lutou bravamente, mas acabou sendo penalizado por uma falha do goleiro. Essa desilusão foi semelhante à que passaram em 2022, quando um pênalti controverso selou o destino do jogo. A frustração foi sentida, mas não ofuscou a alegria de estarem juntos, torcendo por seu clube.
Uma jornada recheada de memórias
“Da Times Square às escadarias do Rocky Balboa”, Barneschi descreve a jornada que percorreu com outros torcedores, aproveitando cada momento em solo americano. Com bandeiras e faixas, eles criaram um mosaico de apoio ao Palmeiras, mostrando que, mesmo em meio à derrota, a união da torcida é fundamental para fortalecer a identidade do clube.
A esperança para o futuro
A vibração dos torcedores palmeirenses, mesmo diante da adversidade, é um testemunho de sua paixão inabalável pelo clube. A dor da derrota é temporária, e a certeza de que o time precisa se preparar para a próxima Copa do Mundo de Clubes já ocupa a mente dos torcedores. Para Barneschi e para muitos outros, o que realmente importa é a continuidade dessa história rica de emoções e experiências compartilhadas.
Em resumo, a vivência dos torcedores do Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes não apenas reforçou seu amor pelo futebol, mas também reafirmou a importância da comunidade e da identidade que cultivam ao longo dos anos. Um lembrete de que, no fim das contas, o que conta são as memórias, as amizades e as experiências que ficam gravadas na história de cada torcedor.
*Rodrigo Barneschi é o cronista palmeirense da ‘On Tour’, coluna do GLOBO que mostra a visão dos torcedores brasileiros nos EUA durante a Copa do Mundo de Clubes.