Brasil, 6 de julho de 2025
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Por que Diddy foi considerado “não culpado” de várias acusações, segundo especialista

Depois de um julgamento, Diddy foi considerado inocente de acusações graves, em um caso visto como uma tentativa de exagero por parte do governo.

Na quarta-feira, Sean “Diddy” Combs foi considerado “não culpado” por duas acusações federais de transporte para fins de prostituição, enquanto foi absolvido de imputações mais sérias, como conspiração de extorsão e tráfico sexual por força ou coerção. A decisão surpreendeu muitos que acompanhavam o caso de perto, levando especialistas a analisar o que realmente aconteceu no tribunal.

Especialista explica os motivos por trás das decisões judiciais

Para o advogado Adanté Pointer, as acusações feitas pelo governo federal demonstraram uma “exagero” e uma tentativa de encaixar Diddy em um quadro mais grave do que realmente existiria. “Se o governo tivesse trazido um caso por violência doméstica ou por ser um agressor, provavelmente, ele teria sido condenado facilmente. Mas essas não eram as acusações que eles apresentaram”, afirma Pointer.

Segundo ele, as penalidades menores, como as relacionadas aos atos de prostituição, normalmente são de competência estadual, onde o prazo de denúncia já pode ter expirado. Como não havia um processo estadual, o órgão federal foi quem ajuizou a ação, o que, na visão de Pointer, complicou a fundamentação da acusação principal.

Problemas na acusação de conspiração e tráfico sexual

Questões na denúncia de conspiração

Pointer explica que o caso de conspiração de extorsão não se sustentou, pois, para que a acusação fosse válida, deveria envolver mais de uma pessoa. “Ninguém mais foi acusado em associação nesse esquema, o que dificulta a comprovação do crime de conspiração”, afirma.

Trajetória das acusações de tráfico sexual

Já as acusações de tráfico sexual se baseavam na ideia de que Diddy teria cooptado mulheres para participar de eventos específicos. Ele explica que o projeto, muitas vezes associado à figura de um ‘pimp’, envolve a restrição de liberdade e coerção, o que não ficou claramente evidenciado na corte. “A evidência de que as mulheres teriam interesse em participar de tais eventos ajudou na absolvição de Diddy dessas acusações”, pontua Pointer.

Sobre as acusações de prostituição e o uso da Lei Mann

As acusações de prostituição derivaram da Lei Mann, de 1910, considerada por Pointer como uma lei “vagamente formulada”, de fácil uso para condenações. Ele ressalta que, ao contrário do imaginado, essa lei não exige prova de coerção ou violência, mas apenas que alguém tenha pago para participar de um ato sexual consensual em determinado momento.

Próximos passos e perspectivas para Diddy

De acordo com Pointer, a ausência de antecedentes criminais e o histórico de filantropia de Diddy serão levados em consideração na fase seguinte. Ele acredita que o cantor e empresário deverá receber uma punição leve, como probation, e que será contemplado com o crédito por eventuais detenções já cumpridas.

“Ele deve apenas receber uma advertência, sem condenações mais pesadas, dada sua história até aqui”, afirma o advogado.

Impacto e avaliação do caso

O caso evidencia como muitas vezes as acusações podem ser influenciadas por aspectos jurídicos e políticos, além de dinâmicas de justiça. Pointer reforça que o entendimento deve sempre respeitar a lei e evitar condenações baseadas em alegações não suficientemente comprovadas.

Para quem busca ajuda, o site Relate oferece apoio às vítimas de abuso sexual, e o 911 deve ser acionado em casos de emergência de violência doméstica.

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