Brasil, 5 de julho de 2025
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Papa Leo XIV passa duas semanas em Castel Gandolfo, tradição centenária

Após dois meses no pontificado, o papa Leo XIV partirá para o refúgio de Castel Gandolfo, reforçando uma tradição papal de descanso de verão

O Papa Leo XIV iniciará nesta segunda-feira (6) um período de descanso de duas semanas em Castel Gandolfo, uma propriedade pontifícia localizada a 18 milhas ao sul de Roma. A estadia, que ocorre na tradicional residência de verão dos papas há mais de três séculos, será marcada por momentos de retiro, oração e contato com a comunidade local.

Papel de Castel Gandolfo na história papal

O território, conhecido como “segunda Vaticano City”, possui uma história que remonta a 1596, quando se tornou uma residência oficial dos papas, consolidada 30 anos depois. Com uma área de 135 hectares, inclui jardins extensos, propriedades históricas e uma fazenda em funcionamento. Durante séculos, papas renomados, como João Paulo II e Bento XVI, aproveitaram o local para descanso, oração e convivência com os moradores da região.

Segundo a prefeitura de Castel Gandolfo, a presença papal regular na cidade se consolidou ao longo de séculos: “Desde 1628, os papas vivem na cidade. Sua presença é constante, e a cidade está acostumada à rotina papal”, afirmou o prefeito Alberto de Angelis ao ACI Prensa.

Retiro de verão e atividades na villa

O pontífice permanecerá na Villa Barberini, uma das diversas propriedades do complexo, onde usufruirá de momentos de descanso e oração. Durante sua estadia, poderão ser testemunhadas suas aparições públicas no domingo, 13 e 20 de julho, quando recitará a tradicional oração do Angelus na Piazza della Libertà, em frente à residência.

Além disso, melhorias foram feitas na propriedade, incluindo uma quadra de tênis, em razão do gosto do papa pelo esporte, e uma atualização na piscina, preparada para recebê-lo.

Histórico e tradição papal na região

O vínculo dos papas com Castel Gandolfo remonta ao século XVI, e a residência foi oficializada como casa de verão em 1696, após sua concessão ao Estado da Santa Sé pelo Pacto de Latrão de 1929. Diversos papas, como Pio XII, João XXIII e Bento XVI, passaram temporadas na cidade, desfrutando de sua tranquilidade, espaços de oração e interação com os fiéis.

Jardins do Vaticano em Castel Gandolfo. Crédito: Courtney Mares/CNA
Jardins do Vaticano em Castel Gandolfo, na encosta do Monte Alban. Crédito: Courtney Mares/CNA

Caminho do retiro do Papa Leo XIV

O papa realizará três dias de oração e reflexões na cidade durante o feriado de 15 a 17 de agosto, celebrando a Festividade da Assunção de Maria. Em 13 e 20 de julho, ele recitará o Angelus ao ar livre, oportunidade em que fiéis poderão acompanhar suas mensagens e sua interação com a comunidade local.

Turismo e visitação aos locais papais

As visitas ao Palácio Papal de Castel Gandolfo e aos magníficos jardins podem ser agendadas pelo site oficial do Museu do Vaticano, oferecendo aos turistas a chance de explorar a histórica residência e seus ambientes de lazer. A cidade, situada às margens do lago vulcânico Albano, mantém seu charme medieval, sendo um destino encantador para passeios e contato com o ambiente natural.

Para o prefeito de Castel Gandolfo, a presença do papa Leo XIV devolverá à cidade seu cotidiano pontifício, com a recitação do Angelus e encontros com fiéis, fomentando uma conexão mais próxima entre o líder religioso e a comunidade local: “Depois de um período sem visitas, agora o papa irá se reconectar com o povo de forma mais direta”, declarou. A acessibilidade até a cidade pode ser feita por trem ou carro a partir de Roma.

Por Hannah Brockhaus, jornalista sénior da Catholic News Agency

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