O Papa Leo XIV anunciou nesta quarta-feira, 5 de julho de 2025, a nomeação do arcebispo Thibault Verny de Chambéry como novo presidente da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores. A decisão reforça o compromisso da Igreja Católica com a proteção de crianças e adolescentes diante dos recentes escândalos de abuso.
Troca no comando da comissão de proteção de menores
Verny sucede oCardeal Seán O’Malley, 81 anos, fundador da comissão criada por Pope Francisco em 2014. Em nota, o novo presidente expressou gratidão pela confiança do pontífice e ressaltou a missão de fortalecer a vigilância, transparência e compaixão na Igreja.
“Agradeço ao Santo Padre pela nomeação para presidir a Comissão de Proteção de Menores”, declarou Verny. “Tenho plena consciência da tarefa grave e sagrada de ajudar a Igreja a ser mais vigilante, responsável e compassiva na proteção dos mais vulneráveis.”
Legado de O’Malley e avanços recentes
Durante a gestão de O’Malley, a Igreja publicou seu primeiro relatório mundial sobre as ações de proteção, em outubro de 2024. O’Malley é reconhecido por seu papel moral e pela defesa dos direitos das vítimas de abuso.
Trajetória e atuação de Verny
Nomeado membro da comissão pelo Papa Francisco em 2022, o arcebispo Verny tem atuado na promoção de ações de proteção no Vaticano em países como a República Centro-Africana e Costa do Marfim. Sua experiência inclui o trabalho como bispo auxiliar de Paris, entre 2016 e 2023, onde coordenou esforços para facilitar o relatamento de denúncias às autoridades civis.
Em sua primeira declaração oficial, Verny destacou a importância de ouvir as diversas culturas: “Nosso trabalho deve começar com escuta — com humildade, respeito e inteligência cultural.” Ele também preside o conselho para prevenção e combate ao abuso infantil na Conferência Episcopal Francesa.
Desafios e próximas etapas
O novo presidente afirmou que a Igreja não pode impor modelos de proteção ou evitar conversas difíceis relacionadas às tradições locais, mas deve atuar com sensibilidade e diálogo aberto. A expectativa é que, nos próximos meses, novas diretrizes e ações concretas sejam implementadas, consolidando o compromisso do Vaticano na prevenção e punição de abusos.
Segundo fontes internas, a nomeação reforça a aposta do Vaticano em lideranças experientes e comprometidas na proteção às vítimas, sinalizando avanço na transparência e na responsabilização institucional.