Rio de Janeiro — A cúpula do Brics se realizará entre domingo (6/7) e segunda-feira (7/7), no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, reunindo chefes de Estado e representantes de mais de 30 países e instituições. O evento promete debater questões fundamentais para a cooperação internacional e o desenvolvimento entre os países integrantes do bloco.
Importância do Brics e seus objetivos
A fórmula do Brics, que tem atraído a atenção mundial, é composta por 11 países-membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além de dez países parceiros como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. O principal objetivo do bloco é fomentar a cooperação no âmbito econômico, político e social, visando um desenvolvimento sustentável e igualitário entre seus membros.
Durante a presidência brasileira do bloco, foram elencados seis temas prioritários que serão abordados na cúpula: cooperação em saúde global; comércio, investimento e finanças; combate à mudança climática; governança em inteligência artificial; arquitetura multilateral de paz e segurança; e desenvolvimento institucional do Brics.
Ausências notáveis na cúpula
Uma das grandes surpresas do evento será a ausência do presidente da China, Xi Jinping, que será representado pelo primeiro-ministro Li Qiang. Esta é a primeira vez desde a criação do Brics que o presidente chinês não comparece à cúpula, levantando questões sobre o impacto dessa falta na dinâmica do grupo.
Outra ausência confirmada é a do líder russo, Vladimir Putin, que também não poderá estar presente devido a um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). O Kremlin justificou que a falta de garantias do governo brasileiro para o cumprimento desse mandado levou à decisão de não comparecer fisicamente. Contudo, Putin participará do evento por videoconferência e enviará o chanceler Sergey Lavrov para representá-lo.
Além de Xi e Putin, outros líderes do Oriente Médio, como o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e do Irã, Masoud Pezeshkian, também não estarão presentes. Por outro lado, presidentes de países vizinhos, como Gabriel Boric do Chile, Luis Arce da Bolívia, e o uruguaio Yamandú Orsi Martínez, confirmaram presença.
Representações internacionais fortes
A presença de representantes de organizações internacionais será um ponto alto da cúpula. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, marcarão presença, ressaltando a relevância global do encontro e a importância dos temas a serem discutidos.
Confirmados para a cúpula do Brics
A seguir, uma lista de autoridades confirmadas para a cúpula:
Países-membros
- China: primeiro-ministro, Li Qiang
- Egito: primeiro-ministro, Mustafa Madbouly
- Índia: primeiro-ministro, Narendra Modi
- Rússia: presidente, Vladimir Putin (participando on-line); ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov
- Arábia Saudita: ministro das Relações Exteriores, Príncipe Faisal bin Farhan Al Saud
- África do Sul: presidente, Cyril Ramaphosa
- Emirados Árabes Unidos: príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Khalid bin Mohamed bin Zayed al Nahyan
- Etiópia: primeiro-ministro, Abiy Ahmed
- Indonésia: presidente, Prabowo Subianto
- Irã: ministro das Relações Exteriores, Seyed Abbas Araghchi
Países parceiros
- Bielorrússia: ministro das Relações Exteriores, Maxim Ryzhenkov
- Malásia: primeiro-ministro, Anwar bin Ibrahim
- Nigéria: presidente, Bola Ahmed Tinubu
- Vietnã: primeiro-ministro, Pham Minh Chinh
- Outros países parceiros confirmados: Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Tailândia, Uganda, Uzbequistão.
Demais convidados
- Chile: presidente, Gabriel Boric
- Palestina: embaixador Ibrahim Alzeben
- ONU: secretário-geral, António Guterres
- OMS: diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus
- Banco Asiático: presidente, Jin Liqun
- Banco de Desenvolvimento: presidente, Dilma Rousseff
Com um cenário global em constante mudança, essa cúpula do Brics se torna um momento crucial para discutir caminhos e estratégias que afetarão o futuro das relações internacionais e do desenvolvimento sustentável entre os países participantes.