Brasil, 5 de julho de 2025
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Crise humanitária no Sudão do Sul provoca aumento alarmante de mortes

Entre janeiro e março, Sudão do Sul registrou 739 civis mortos, intensificando a crise humanitária no país.

O Sudão do Sul enfrenta uma tragédia humanitária sem precedentes, marcada pelo aumento alarmante de mortes de civis no início de 2023. De acordo com a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS), entre janeiro e março deste ano, foram registrados pelo menos 739 assassinatos, 679 feridos e 149 sequestros, levando a um grito de alerta internacional sobre a crescente violência no país, a mais alta desde 2020.

Aumento da violência e a luta pelo poder

Os dados revelam uma escalada dramática da violência na região, principalmente devido às intensificações nas rivalidades entre o presidente Salva Kiir e o vice-presidente Riek Machar. A prisão de Machar em março passou a ser um ponto de ignição para novas tensões, com organizações não governamentais expressando preocupação crescente sobre ataques a civis e instalações médicas. As áreas mais afetadas incluem Warrap e Alto Nilo, onde 428 pessoas foram mortas e 298 feridas.

Impacto nas crianças e mulheres

A tragédia é ainda mais profunda, pois o número de crianças entre as vítimas aumentou de 114 para 171 nos últimos meses. As mulheres e meninas continuam a ser os principais alvos de violência sexual, constituindo 98% das vítimas. Essa realidade desesperadora destaca a necessidade urgente de intervenções eficazes para proteger o mais vulnerável da sociedade.

Deslocamento forçado e uma população em fuga

A crise humanitária tem levado a um deslocamento massivo de pessoas. Atualmente, mais de 2 milhões de sul-sudaneses estão deslocados internamente, enquanto cerca de 2,3 milhões buscaram refúgio em países vizinhos, segundo dados do Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR). Os deslocados enfrentam condições críticas, sem acesso a necessidades básicas e carecendo de abrigo seguro.

Um contexto regional de instabilidade

A violência no Sudão do Sul é apenas uma parte de um problema regional mais amplo. O conflito no Sudão, que começou em abril de 2023, já deixou um número estimado de 25.500 mortos, com especialistas sugerindo que o número pode ultrapassar 150.000. As condições de vida para milhões de habitantes estão em colapso, exacerbadas por uma grave crise alimentar. O Programa Alimentar Mundial da ONU (PAM) alerta que cerca de 25 milhões de sudaneses não conseguem ter uma refeição completa diariamente.

Colapso do sistema de saúde

A pressão sobre os serviços de saúde no Sudão do Sul e no Sudão se intensifica, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmando que 15 milhões de sudaneses carecem de cuidados médicos essenciais e 75% das unidades de saúde estão inoperantes. No Sudão do Sul, organizações como a Caritas estão se esforçando para lidar com a sobrecarga do sistema de saúde, que atingiu seu limite, enquanto escolas estão sendo fechadas e comunidades se desintegram.

Urgência de um esforço humanitário internacional

É fundamental que a comunidade internacional aumente os esforços para responder a essa crise. A proteção dos civis e o apoio humanitário devem ser prioridades máximas para evitar que a situação se agrave ainda mais. As agências de ajuda precisam de recursos adequados e apoio político para fornecer assistência rapidamente a milhões de pessoas necessitadas.

Concluindo, o Sudão do Sul se encontra em uma encruzilhada crítica. A violência crescente e a crise humanitária requerem uma resposta urgente e abrangente para restaurar a paz e a dignidade da população afetada. Somente com a cooperação e apoio internacional será possível enfrentar essa calamidade humanitária e avançar em direção a um futuro mais esperançoso para os cidadãos do Sudão do Sul.

Fonte: Vatican News

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