Rio de Janeiro — Neste final de semana, o Brasil sediará uma importante reunião de cúpula do Brics, onde os representantes dos países integrantes discutirão e divulgarão declarações conjuntas sobre temas cruciais como inteligência artificial, parcerias para erradicação de doenças socialmente determinadas e financiamento para ações de combate à mudança do clima. A reunião, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho, será um momento de grande relevância, especialmente considerando a posição do Brasil na presidência do bloco.
Prioridades da presidência brasileira no Brics
Este encontro é uma oportunidade para que os países membros do Brics consolidem acordos e fortaleçam suas cooperações em áreas que possuem impacto direto sobre suas populações. O entendimento entre os países sobre a divulgação dos textos está avançado, e os comunicados finais serão emitidos separadamente da declaração principal da cúpula.
Sobre a cúpula do Brics
- O Brics é composto por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
- Além dos membros permanentes, o grupo conta com dez países parceiros: Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
- O principal objetivo do Brics é promover a cooperação econômica, política e social entre seus membros, visando ao desenvolvimento sustentável.
- A reunião de cúpula será realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.
Combate à mudança do clima e saúde pública
Um dos temas centrais discutidos terá foco no combate à mudança do clima. Os líderes do Brics irão abordar a urgência da captação de recursos por países desenvolvidos para apoiar ações de mitigação e transição energética nas nações que estão em desenvolvimento. Esse diálogo é ainda mais relevante, considerando a presidência do Brasil na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), programada para acontecer em Belém (PA), em novembro deste ano.
Na área de saúde, o Brics planeja enfatizar a importância de parcerias que visam à erradicação de doenças socialmente determinadas. Estas são condições que afetam, em particular, populações vulneráveis, como tuberculose, hanseníase, HIV/aids, sífilis, doença de Chagas e outras. A colaboração internacional será essencial para enfrentar esses desafios e proteger as comunidades mais afetadas.
Inteligência artificial no contexto global
Outro tópico de grande interesse é a discussão sobre o uso de inteligência artificial (IA). Esta tecnologia tem se tornado uma ferramenta cada vez mais presente em diversas áreas, incluindo saúde, segurança e economia. Os países membros do Brics reconhecem a necessidade de cooperação nesta área para garantir que a IA seja utilizada de forma ética e responsável, beneficiando todas as nações e minimizando riscos potenciais.
A cúpula do Brics tem o potencial de não apenas fortalecer os laços entre os países participantes, mas também de estabelecer diretrizes importantes que podem refletir em políticas públicas mais eficazes e integradas. Com um mundo enfrentando desafios complexos como a pobreza, desigualdade e mudanças climáticas, o trabalho conjunto entre essas nações pode ser um passo significativo em direção a soluções sustentáveis e justas.
Concluindo, as discussões que ocorrerão nos dias 6 e 7 de julho têm a capacidade de impactar não apenas os países do Brics, mas também a comunidade global, com a esperança de construir um futuro mais colaborativo e equilibrado.