Brasil, 5 de julho de 2025
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A primeira-dama Janja critica desatenção masculina à saúde da mulher

A primeira-dama Janja Lula da Silva destaca a importância da saúde feminina durante visita a hospitais no Rio de Janeiro.

No último sábado (4), a primeira-dama Janja Lula da Silva fez declarações impactantes sobre a saúde da mulher durante uma visita a hospitais no Rio de Janeiro. Acompanhada do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Janja ressaltou que “os homens não sabem e não estão aí para o corpo da gente” enquanto discutiam medidas para reforçar o atendimento à saúde feminina e assinaram uma portaria que visa a oferta do Implanon, um implante anticoncepcional disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A importância da saúde da mulher

Durante sua fala, Janja enfatizou a necessidade urgente de mudar a atenção do Ministério da Saúde para as questões que afetam diretamente as mulheres. “Não podemos mais permitir que as mulheres morram no parto ou que esperem na fila por uma mamografia. Precisamos discutir a prevenção da gravidez e a saúde de meninas e mulheres”, afirmou a primeira-dama durante sua fala improvisada ao final da cerimônia. Ela também ressaltou a desesperadora situação de meninas que iniciam suas menstruações precocemente e precisam de orientação sobre contraceptivos devido a cólicas intensas.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o subsecretário executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Rodrigo Prado, também estavam presentes na visita. Padilha destacou que o custo do implante subdérmico, que será disponibilizado pelo SUS, varia entre R$ 2 mil a R$ 5 mil na rede privada, e a expectativa é que sejam aplicados 1,8 milhão de implantes até o final de 2026. O novo método tem validade de três anos e apresenta menos contraindicações em comparação a outras opções, como o DIU (Dispositivo Intrauterino).

Valorização do trabalho na saúde

Ao longo da cerimônia, Padilha enfatizou a importância da parceria entre o governo federal e os municípios para garantir que a saúde da mulher seja efetivamente priorizada. Janja, por sua vez, mencionou sua experiência pessoal como mulher na menopausa, revelando sua frustração com a falta de diálogo sobre o assunto. “A indústria farmacêutica já criou produtos para os homens serem mais viris até os 250 anos, enquanto nós, mulheres, chegamos aos 45 anos desesperadas com a menopausa, e a indústria não olha pra gente”, desabafou.

A visita da primeira-dama ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho também incluiu a observação de um mutirão do projeto “Agora Tem Especialistas”. Essa iniciativa, que envolve os ministérios da Saúde e da Educação, tem como objetivo diminuir o tempo de espera no SUS, através de um mutirão de cirurgias, consultas e exames especializados. Com a participação de 45 hospitais universitários federais, a ação está em andamento em 24 estados do Brasil, promovendo mais de 10 mil atendimentos e procedimentos.

Desdobramentos e compromissos futuros

Padilha enfatizou que o projeto de mutirão busca mobilizar toda a estrutura de saúde do país, seja pública ou privada, e que outros dois mutirões estão planejados para ocorrer ainda este ano, em setembro e dezembro. A primeira-dama Janja ressaltou a urgência de multiplicar espaços de acolhimento para mulheres em todo o Brasil, destacando a importância de um trabalho colaborativo entre os governos federal e municipal.

A presença de Janja no Rio de Janeiro também ocorreu em um contexto mais abrangente, a poucos dias da Cúpula de Líderes do Brics, que ocorrerá no Museu de Arte Moderna (MAM) em Flamengo, reunindo líderes de Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e novos países-membros.

Compromissos sociais e apoio público

Nesta mesma sexta-feira, Janja participou do velório de Juliana Marins em Niterói, prestando homenagem à publicitária que faleceu em junho após uma tragédia na Indonésia. Além disso, a primeira-dama participou de reuniões com os ministérios da Educação e do Esporte, evidenciando seu compromisso contínuo com questões sociais e de saúde pública.

As declarações de Janja e as novas iniciativas lançadas pelo Ministério da Saúde trazem à tona a discussão necessária sobre a saúde da mulher no Brasil, um tópico que deve ser abordado com seriedade e urgência, com o intuito de promover igualdade e cuidado a todas as brasileiras.

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