O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (4) que começará a notificar seus parceiros comerciais sobre uma nova rodada de tarifas, com vigência a partir de 1º de agosto. As cartas serão enviadas a países que não conseguirem fechar acordos com os EUA até essa data, elevando ainda mais a tensão nas negociações comerciais internacionais.
Novas tarifas e prazos de negociações
Trump disse a repórteres, ao deixar Washington rumo a um evento em Iowa, que cerca de 10 a 12 cartas serão enviadas nesta sexta, com o restante sendo enviado “nos próximos dias”. “Até o dia 9, todos estarão totalmente cobertos”, acrescentou, referindo-se ao prazo anteriormente estabelecido para que os países chegassem a um consenso e evitassem tarifas mais altas.
As novas tarifas podem variar de 10% a 70%, dependendo do país e do produto. “Essas tarifas vão variar em valor, talvez de 60 ou 70% até 10 ou 20%”, afirmou Trump, reforçando sua postura de imposição de tarifas unilaterais e o uso de ultimatos nas negociações.
Impacto nas negociações e nos mercados globais
Trump não detalhou quais países seriam atingidos, mas garantiu que as tarifas começarão a ser cobradas em 1º de agosto e que o dinheiro começará a entrar nos EUA na mesma data. A medida faz parte de sua estratégia de pressionar países como Indonésia, Coreia do Sul, União Europeia e Vietnã, em fases críticas de negociações.
As ações na Ásia e na Europa reagiram negativamente ao anúncio, enquanto o dólar também apresentou queda. Nos Estados Unidos, mercados de ações e títulos permaneceram fechados devido ao feriado de 4 de julho. Segundo a Bloomberg Economics, se as tarifas elevarem ao nível ameaçado, a média sobre todas as importações americanas pode subir para cerca de 20%, o que aumentaria riscos de crescimento e inflação na economia do país.
Contexto das negociações e futuras perspectivas
Apesar das tensões, Trump declarou que já há acordos com Reino Unido e Vietnã, embora alguns detalhes ainda não tenham sido divulgados oficialmente. Ele afirmou também que prefere enviar cartas simples, com tarifas específicas, ao invés de negociações longas e complexas, tornando o processo mais “fácil”.
Embora努trump tenha demonstrado otimismo com um possível acordo com a Índia, suas declarações sobre o Japão indicam um posicionamento mais duro, com críticas e propostas de tarifas de 30% a 35%. Os principais parceiros dos EUA, como Coreia do Sul, Japão e União Europeia, continuam negociando, mas estão sob pressão para finalizar os acordos antes do prazo de 9 de julho.
Reações internacionais e possíveis consequências
A China ameaçou retaliar se acordo com os EUA e Vietnã prejudicar seus interesses, indicando o clima de rivalidade acentuada nas disputas comerciais. Enquanto isso, o Vietnã afirmou que as negociações seguem em andamento, embora ainda sem detalhes definitivos dos termos.
O impacto das tarifas tem gerado preocupação sobre a estabilidade econômica global, com especulações de que novas medidas podem afetar cadeias de suprimentos e elevar custos de importação nos principais mercados.
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