Brasil, 4 de julho de 2025
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Superávit da balança comercial é de US$ 30,1 bilhões no primeiro semestre

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 30,1 bilhões no primeiro semestre de 2025, embora tenha caído em relação ao ano passado.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços anunciou, nesta sexta-feira (4/7), que a balança comercial do Brasil registrou um superávit de US$ 30,1 bilhões no primeiro semestre de 2025. Embora os números ainda sejam positivos, o saldo representa uma queda de 27,6% em comparação com o mesmo período de 2024, onde o superávit foi de US$ 41,6 bilhões.

Entendendo o superávit e déficit

Superávit é o termo utilizado quando as exportações superam as importações, resultando em um saldo positivo na balança comercial. Em contrapartida, o déficit ocorre quando as importações ultrapassam as exportações. No primeiro semestre de 2025, as exportações totalizaram US$ 165,9 bilhões, apresentando uma leve queda de 0,7% em relação ao ano anterior. As importações, por sua vez, somaram US$ 135,8 bilhões, com um aumento de 8,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Destaques do mês de junho

Em junho, a balança comercial apresentou um saldo positivo de US$ 5,9 bilhões, o que também mostra uma queda de 6,9% em relação ao saldo de US$ 6,3 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior. Os destaques das exportações em junho foram:

  • Agropecuária: US$ 6,93 bilhões (queda de 9,93%)
  • Indústria Extrativa: US$ 6,24 bilhões (queda de 6,22%)
  • Indústria de Transformação: US$ 15,82 bilhões (aumento de 10,88%)

Exportações por localidades

Em termos de localizações geográficas, em junho, as exportações foram distribuídas da seguinte forma:

  • Ásia: US$ 13,4 bilhões (aumento de 1,25%)
  • América do Norte: US$ 4,7 bilhões (aumento de 4,54%)
  • América do Sul: US$ 3,7 bilhões (aumento de 34,29%)

A China se destacou como o principal parceiro comercial do Brasil, com exportações que alcançaram US$ 9,83 bilhões em junho de 2025, um aumento de 2,35% em relação a 2024. Do outro lado, as importações brasileiras da China totalizaram US$ 6,1 bilhões, com um aumento de 5,20%. As relações comerciais com a Argentina também apresentaram crescimento significativo, com um aumento de 70,8% nas exportações, totalizando US$ 1,62 bilhões no mês passado.

Destaques das importações em junho

No que diz respeito às importações, os números de junho mostraram o seguinte desempenho:

  • Agropecuária: US$ 3,24 bilhões (queda de 11,57%)
  • Indústria Extrativa: US$ 6,01 bilhões (queda de 28,27%)
  • Indústria de Transformação: US$ 125,6 bilhões (aumento de 10,92%)

Importações por localidades

A distribuição das importações também revelou dados relevantes:

  • Ásia: US$ 53,04 bilhões (aumento de 18,25%)
  • América do Norte: US$ 25,8 bilhões (aumento de 9,94%)
  • América do Sul: US$ 13,8 bilhões (queda de 4,21%)

Relação com os Estados Unidos

Embora a relação comercial com os Estados Unidos seja deficitária, o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, revelou que, no primeiro semestre de 2025, as exportações para os EUA cresceram 4,4%. Este crescimento foi impulsionado principalmente por petróleo e alimentos. Entretanto, quando se observa apenas o mês de junho, houve uma desaceleração nas exportações para os EUA, com um crescimento de apenas 2,2%. Brandão afirmou que isso pode ser consequência de uma demanda menor nos EUA, além do aumento de preços para o consumidor devido à política tarifária americana.

As informações apresentadas revelam nuances importantes sobre a balança comercial brasileira e destacam a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre as tendências econômicas em curso. Com um cenário desafiador, é fundamental que as autoridades e o setor privado avaliem estratégias que possam impulsionar as exportações e otimizar as relações comerciais do Brasil no cenário global.

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