Brasil, 5 de julho de 2025
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Sean ‘Diddy’ Combs é condenado por duas acusações menores em julgamento nos EUA

Fundador da Bad Boy Records foi condenado por transportar ex-parceiras para prostituição, mas foi absolvido das acusações mais graves.

Na última semana, o empresário e produtor musical Sean “Diddy” Combs, conhecido por revolucionar o hip-hop e o R&B na década de 1990, foi considerado culpado por duas das cinco acusações em seu julgamento por tráfico sexual na corte federal de Nova York. Apesar de condenado por transportar ex-parceiras para atos de prostituição, ele foi absolvido das acusações mais graves, incluindo conspiração de extorsão e tráfico sexual à força, fraude ou coerção.

Decisão da Justiça e possíveis penas

O júri condenou Combs por transportar suas ex-parceiras, Cassie Ventura e uma mulher anônima conhecida como Jane, para observar atos sexuais com profissionais homens pagos em diferentes estados do país. O empresário enfrentará uma pena de até 20 anos de prisão, caso seja condenado na sentença definitiva, prevista para os próximos meses.

Antes do julgamento, Combs rejeitou um acordo de confissão de culpa e optou por não testemunhar no tribunal. Seus advogados não apresentaram testemunhas, mas solicitaram duas Mugistráticas de julgamento, alegando “conduta inadequada por parte da promotoria”, o que foi rejeitado pelo juiz responsável.

Allegações e contexto do processo

Durante o longo julgamento, os promotores sustentaram que Combs liderava uma organização criminosa, usando sua fama e poder para cometer crimes violentos, incluindo sequestro, incêndio, trabalho forçado e suborno. As evidências principais vieram de 34 testemunhas, incluindo ex-funcionários, agentes policiais e as ex-companheiras Ventura e Jane.

As testemunhas relataram que Combs obrigava Cassie e Jane a participar de “freak-offs” — maratonas sexuais com prostitutas masculinas — sob efeito de drogas como ecstasy e MDMA. Cassie Ventura também denunciou que o ex-produtor a obrigou a usar drogas e participar de encontros forçados, além de ameaçá-la com a divulgação de vídeos íntimos.

Testemunhos impactantes

Regina Ventura, mãe de Cassie, declarou durante o julgamento que Combs exigiu US$ 20 mil dela e ameaçou divulgar vídeos pornográficos após descobrir que sua filha estava envolvida com alguém. Ela também revelou que o processo resultou em um acordo civil no valor de US$ 20 milhões, tornado público após a denúncia de Cassie.

Outra ex-companheira, Jane, afirmou que sofreu episódios de abuso e que tentou comunicar seus limites, mas foi ignorada. Ela descreveu encontros “suspensos” e “sujos”, nos quais foi incentivada a continuar após sinais de desconforto.

Provas e testemunhas adicionais

Entre os testemunhos estavam Daniel Phillip, acusado de encontros sexuais pagos, e Israel Florez, ex-segurança que testemunhou uma agressão de Combs na suíte do hotel InterContinental, em Los Angeles, em 2016. Além disso, celebridades como Dawn Richard, ex-colega de banda de Combs, e Kid Cudi, rapper que teve um relacionamento com Ventura, também depuseram sobre episódios de violência e retaliações por parte do produtor.

Reações e futuro do processo

Os advogados de Combs admitiram que ele tinha um histórico de violência doméstica, mas alegaram que isso não configuraria tráfico sexual. O empresário ainda responde a dezenas de processos civis relacionados a alegações de assédio e abuso sexual.

Analistas apontam que a condenação marca uma mudança na percepção pública de figuras poderosas na indústria do entretenimento, após anos de silêncio em torno de denúncias. Ainda assim, Combs enfrenta uma sentença que pode chegar a várias décadas de prisão, aguardando a definição final pelo tribunal.

O julgamento de Sean Combs destacou a força de sobreviventes como Cassie Ventura, que afirmou que seu testemunho “deixou uma marca duradoura na luta por justiça no mundo do entretenimento”.

Para acompanhar os desdobramentos, o caso continua sendo objeto de atenção no cenário jurídico e na indústria do entretenimento.

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