Brasil, 7 de julho de 2025
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Reforma tributária e cortes em Medicaid aprovados por deputados americanos

House aprova projeto de lei que reduz impostos, restringe Medicaid e aumenta gastos com imigração, gerando críticas intensas

Na tarde de quinta-feira (22), a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou um vasto projeto de lei que contempla cortes de impostos, restrições ao Medicaid e um aumento significativo nos investimentos em deportações, encaminhando a proposta para assinatura do presidente Donald Trump.

Impactos da reforma tributária e fiscal nos Estados Unidos

O projeto, que passou por uma votação de 218 a 214 votos, beneficiará principalmente as famílias mais ricas, além de ampliar a dívida nacional em aproximadamente US$ 3,4 trilhões, segundo análises de especialistas. A medida mantém cortes de impostos aprovados na gestão de Trump, além de incorporar novas despesas com imigração e cortes em programas sociais.

De acordo com o líder da oposição, o democrata Hakeem Jeffries, o projeto representa um “ataque aos direitos de saúde e uma ameaça à continuidade do Medicaid, um dos principais programas de assistência social do país.”

Cortes em Medicaid e aumento de gastos em deportação

O projeto inclui mudanças no Medicaid que introduzem “requisitos de trabalho” para adultos sem deficiência, obrigando-os a comprovar atividade semanal de 20 horas, uma medida criticada por sua ineficácia em gerar empregos com cobertura de saúde, de acordo com o Congressional Budget Office.

Simultaneamente, os recursos destinados à imigração aumentam em US$ 150 bilhões. O montante prevê a construção de novas instalações de detenção e a contratação de cerca de 29 mil agentes do ICE, força responsável pelas ações de deportação. Os valores ultrapassam o orçamento anual do Bureau de Prisões dos EUA, levantando receios de militarização da operação de imigração, como alertou a deputada Alexandria Ocasio-Cortez.

Críticas ao processo legislativo e às consequências sociais

Críticos apontam que o processo legislativo foi vago e apressado, com horários noturnos e protestos internos. Além disso, poucos membros do partido republicano usaram seu voto de forma independente, sendo a maioria convencida sob pressão do governo.

“Este projeto é cruel, covarde e uma traição aos valores norte-americanos”, afirmou Jim McGovern (D-Mass.), antes do voto. Por sua vez, diversos democratas acusam que o pacote aprofundará desigualdades e reduzirá o acesso de populações vulneráveis à assistência básica.

Respostas e perspectivas futuras

Apesar das críticas, o governo manteve sua narrativa de que a lei estimulará crescimento econômico e evitará maior déficit fiscal. Segundo o vice-presidente JD Vance, os recursos destinados às operações de imigração são prioritários frente às demais mudanças. O projeto agora aguarda assinatura de Trump, que deverá sancioná-lo rapidamente para que entre em vigor.

Analistas preveem que as consequências da aprovação podem ser duradouras, ampliando o racha social e elevando o custo de vida para milhões de americanos dependentes de programas públicos. A questão política, entretanto, ainda promete alimentar debates intensos nos próximos meses.

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