Brasil, 4 de julho de 2025
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Preços da indústria caem 1,29% em maio, maior recuo desde 2023

Preços da indústria brasileira registram quarta queda consecutiva em maio, com impacto de commodities e dólar recuado, aponta IBGE

Os preços da indústria nacional caíram 1,29% em maio deste ano, registrando a maior retração desde junho de 2023, quando houve queda de 2,72%. A dado foi divulgado nesta sexta-feira (4/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quarta queda consecutiva após períodos de alta

Após uma série de 12 resultados positivos entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, o resultado de maio representa a quarta variação negativa seguida. Em abril, os preços industriais haviam recuado 0,12%. Segundo o IBGE, o Indicador de Preços ao Produtor (IPP) mostra que, em 12 meses, houve alta de 5,78%, enquanto no acumulado do ano o recuo foi de 1,97%.

O que é o IPP e sua importância

  • O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a variação média dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e fretes, de 24 atividades industriais.
  • O índice acompanha a evolução ao longo do tempo, sinalizando tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.
  • Para calcular o índice, são monitorados cerca de 6 mil preços mensais de mais de 2.100 empresas, segundo o IBGE.

Setores mais impactados na variação de maio

De acordo com Murilo Alvim, gerente do IPP, a queda foi disseminada por boa parte da indústria, com destaque para alimentos, refino de petróleo e biocombustíveis, outros produtos químicos e metalurgia. Os setores que mais influenciaram o resultado de maio foram:

  • alimentos (-0,34 ponto);
  • refino de petróleo e biocombustíveis (-0,28 ponto);
  • outros produtos químicos (-0,26 ponto);
  • metalurgia (-0,23 ponto).

Alvim explica que a redução nos preços de commodities, como cana-de-açúcar e soja — ambas em safra —, contribuiu para o recuo. “Aumento da oferta desses produtos diminui os preços”, afirmou.

Fatores que influenciam a queda de preços

Murilo Alvim destaca que a combinação do recuo do dólar e a queda de preços de commodities tendem a reduzir custos em vários setores. A atividade de alimentos, por exemplo, foi fortemente pressionada pela redução de preços de soja e cana-de-açúcar.

Perspectivas e impacto da retração

Segundo especialistas, a continuidade de queda nos preços da indústria pode sinalizar uma desaceleração da atividade econômica, influenciando a inflação de curto prazo. Ainda assim, a baixa não indica necessariamente problema na retomada do crescimento, dependendo de outros fatores macroeconômicos.

Para mais detalhes, acesse o site do IBGE.

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