Brasil, 4 de julho de 2025
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Postura bélica de Bacellar abre caminho para Paes no Centrão

A recente demissão de Washington Reis e a estratégia de Bacellar podem beneficiar Eduardo Paes nas eleições de 2026.

A política do Rio de Janeiro vive um momento decisivo com os recentes movimentos de Rodrigo Bacellar (União), escolhido pelo governador Cláudio Castro (PL) para sucedê-lo no Palácio Guanabara. Enquanto a postura “bélica” de Bacellar pode animar seus aliados, ela foi celebrada, na verdade, por aqueles que desejam desafiá-lo nas urnas em 2026, especialmente o prefeito Eduardo Paes (PSD).

A aproximação entre Paes e Bacellar

Após assumir a interinidade, Bacellar tem enfrentado dificuldades em construir alianças fora da capital, devido ao poder da máquina estadual e à sua reputação de “não cumpridor de acordos”. Essa situação parece ter aberto um espaço para Paes, que busca o apoio do “Centrão” que sustenta o governo de Castro. Organização e negociação são palavras-chave para quem deseja um lugar ao sol nas próximas eleições.

Consenso entre aliados do Palácio

A demissão de Washington Reis (MDB) da Secretaria de Transportes, uma ação brusca por parte de Bacellar, está fazendo com que grande parte dos líderes políticos reveja suas alianças. Reis, um antigo aliado do governo federal durante a gestão Bolsonaro, poderá se aliar a Paes, que já possui uma história de amizade com ele, apesar de terem tomado rumos políticos divergentes nos últimos anos.

Repercussões no cenário político

Além do estreitamento de laços entre Reis e Paes, há também questões legais que podem influenciar a corrida eleitoral. Reis está tentando reverter uma condenação por crime ambiental que o tornaria inelegível em 2026. O presidente do MDB-RJ reconhece a importância de Paes em ajudá-lo nesse processo, o que pode converter-se em uma aliança poderosa nas eleições.

Bacellar e seu plano de gestão

Por outro lado, a recente decisão de Bacellar de demitir Reis e outros aliados pode ser interpretada como uma tentativa de distanciar-se de figuras associadas à imagem de ineficiência que pesa em sua administração. No entanto, essa estratégia pode ter efeitos colaterais, levando até mesmo membros de seu próprio partido a questionar sua liderança e confiabilidade política.

O que vem a seguir?

Até mesmo dentro do PP, que tem diversas prefeituras no estado, a insatisfação já começa a aparecer. Paes tem alimentado a ideia de atrair membros do partido que não estão contentes com Bacellar, algo que pode fragilizar ainda mais a posição do governo interino. A própria dinâmica das alianças está mudando rapidamente e, por isso, o ambiente eleitoral traz incertezas que até mesmo os mais experientes políticos têm dificuldade de prever.

A influência religiosa na política

Ademais, o papel das lideranças religiosas no estado, especialmente da Igreja Universal, pode adicionar outra camada ao tabuleiro político, uma vez que suas lideranças já começaram a abrir espaço para Paes em cultos religiosos, apontando um caminho favorável para o prefeito em seu embate contra Bacellar.

Uma análise crítica

Desde a exoneração de Reis, surgem rumores de que a imagem de Bacellar enquanto governante não é mais a mesma. Observadores da política local destacam que o interino não é visto como confiável, um traço negativo que os adversários de Paes sempre atribuíram a ele. Com a aproximação de Paes ao “Centrão” e a fragilidade da gestão de Bacellar, as eleições de 2026 prometem ser um embate acirrado e imprevisível.

O cenário está se moldando e os próximos passos de Bacellar, ao lado de sua postura forte, poderão determinar não somente sua própria sorte política, mas também a do estado do Rio de Janeiro nas próximas eleições. A política é, sem dúvida, um jogo de estratégias onde aliados e adversários se reconfiguram a cada movimento de seus principais líderes.

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