Brasil, 4 de julho de 2025
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Por que Diddy foi considerado “não culpado” de várias acusações, segundo especialista

Na última quarta-feira, Sean “Diddy” Combs foi considerado “não culpado” em várias das acusações federais que enfrentava, incluindo tráfico sexual por força, fraude ou coerção, enquanto foi condenado por transporte para fins de prostituição. Especialistas explicam os detalhes por trás dessa decisão e os motivos que levaram aos resultados do julgamento.

Entendimento das acusações e afastamento de uma “ataque excessivo”

De acordo com o advogado Adanté Pointer, o caso foi uma “exagero” por parte do governo federal. “Se a acusação fosse por violência doméstica ou agressões, provavelmente ele teria sido condenado facilmente. Mas essas não eram as acusações feitas”, explica Pointer. Ele afirma que as acusações mais graves geralmente são processadas a nível estadual, mas, neste caso, o sistema federal foi utilizado por limitações de tempo e jurisdição.

Problemas nas acusações de conspiração e tráfico sexual

Questões jurídicas na acusação de conspiração

Pointer destaca que a acusação de conspiração de racketeering apresenta dificuldades porque ninguém mais foi incluído na suposta conspiração, que, por definição, deve envolver pelo menos duas pessoas. Além disso, ele afirma que nenhuma atividade de remetente ou “padrão” de envolvimento em tráfico sexual foi comprovada como objetivo principal do suposto empreendimento.

Mal-entendidos sobre tráfico sexual

Segundo Pointer, a confusão sobre o que caracteriza tráfico sexual ou “slavery sexual” é comum nos Estados Unidos. Ele explica que muitas pessoas associam esses crimes a atividades coercitivas, mas, no caso de Diddy, as provas de vítimas que demonstraram interesse em participar de eventos como “freak-offs” podem ter sido decisivas para sua absolvição dessas acusações.

As acusações de prostituição e o uso de leis antigas

As acusações relacionadas à prostituição resultam da Lei Mann de 1910, que Pointer classifica como “vaga” e de fácil aplicação. “Ela surgiu do pânico em torno da chamada ‘escravidão branca’ e não exige prova de coerção ou força”, esclarece. Assim, pagar por um ato sexual consensual, mesmo que de forma ilícita, pode ser suficiente para uma acusação federal.

O que vem a seguir e a perspectiva de punição

Pointer acredita que a ausência de antecedentes criminais e o histórico filantrópico de Diddy poderão ajudá-lo a receber uma punição mínima, como uma advertência ou probatória, já que o artista provavelmente terá direito a créditos pelo tempo já cumprido na prisão, caso venha a ser condenado.

Implicações e o impacto do caso

Embora as acusações mais sérias tenham sido rejeitadas, o julgamento evidencia detalhes sobre a dificuldade de provar crimes como tráfico sexual sob leis antigas e muitas vezes mal interpretadas. Especialistas ressaltam a importância de um julgamento baseado em provas concretas e na legislação adequada, o que pode fazer a diferença no resultado final de casos semelhantes no futuro.

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