A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na noite de quinta-feira (4), um suspeito envolvido no ataque hacker que desviou cerca de R$ 800 milhões do sistema de pagamentos do Banco Central, incluindo o Pix, informou a GloboNews. A ação ocorreu após a investigação de um dos maiores incidentes cibernéticos na história do sistema financeiro brasileiro.
Suspeito e detalhes do ataque ao sistema Pix
De acordo com as autoridades, o suspeito trabalhava em uma empresa terceirizada de tecnologia da informação, contratada pela C&M Softwares, responsável por conectar instituições financeiras ao sistema do Pix, além de outros serviços como TED, DOC e boletos. Em depoimento à polícia, ele alegou que sua chave de acesso ao sistema foi vendida por terceiros.
O ataque permitiu que criminosos acessassem contas de oito instituições financeiras diferentes, causando o maior desvio de recursos já registrado no Banco Central. Fontes próximas às investigações estimam o valor roubado em pelo menos R$ 800 milhões, valor que ainda está sendo apurado.
Pandemia de crise de segurança e ações do Banco Central
Após o incidente, o Banco Central (BC) agiu rapidamente e suspenda temporariamente as conexões da empresa C&M Softwares aos sistemas do Pix, deixando as instituições financeiras desconectadas do sistema por um período. Na quarta-feira (3), a autoridade monetária autorizou o reestabelecimento parcial dos serviços da empresa após a implementação de medidas para evitar novos incidentes.
Segundo o BC, “a decisão foi tomada após a empresa adotar medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes”. A suspensão parcial permite que as operações retomem gradualmente, enquanto a investigação continua em andamento.
Investigações e repercussões
O Banco Central e a Polícia Federal estão atuando conjuntamente para apurar o caso. Kamal Zogheib, diretor comercial da C&M, declarou ao g1 que a empresa foi vítima de uma ação criminosa envolvendo o uso fraudulento de credenciais de clientes para acessar seus sistemas.
O ataque cibernético causa preocupação no setor financeiro brasileiro, que teme novos incidentes e reforça a necessidade de melhorias na segurança dos sistemas digitais.
Próximos passos e impacto na segurança do sistema financeiro
As autoridades continuam as investigações para identificar todos os envolvidos e reforçar a segurança do sistema do Pix. A expectativa é que medidas mais rigorosas sejam adotadas para evitar novos ataques e proteger os recursos dos usuários.
Ainda não há previsão de quando o sistema voltará a operar normalmente em sua totalidade, mas o Banco Central garantiu que trabalha para restabelecer com segurança todas as conexões afetadas.