Brasil, 4 de julho de 2025
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Petróleo na Amazônia: produção e desafios em meio às chuvas intensas

A produção de petróleo na Amazônia em 2024 atingiu cerca de 475 mil barris por dia, com exportações representando 73%, enfrentando riscos ambientais e operacionais

A economia do Brasil, altamente dependente da exportação de petróleo, enfrenta desafios significativos na região amazônica em 2024. Segundo dados recentes, o país extraiu cerca de 475 mil barris diários de petróleo na área, dos quais 73% foram destinados ao mercado externo. As receitas provenientes dessas vendas totalizaram US$ 8,647 bilhões, representando aproximadamente 7% do PIB brasileira neste ano.

Riscos operacionais e impactos ambientais

O presidente da Petrobras, Jean Bruns, declarou à imprensa que a empresa decretou situação de “força maior” para o Sistema de Oleoduto Transequatoriano (Sote), principal via de transporte do petróleo na região. A decisão visa evitar sanções por descumprimento de contratos, enquanto técnicos trabalham para desviar os trajetos dos oleodutos, que correm quase paralelos, devido à erosão provocada pelas chuvas intensas na Amazônia.

Desvio dos oleodutos e suspensão do transporte

Atualmente, as operações do Sote, responsável por 60% da produção, estão suspensas após uma ruptura enquanto o transporte estava parado. O Oleoduto de Petróleo Pesado (OCP), de maior capacidade, também corre riscos de sofrer danos, já que a erosão tem afetado suas margens. Técnicos trabalham para retomar o bombeamento de petróleo para os portos do Pacífico o mais rápido possível, através de desvios temporários.

“As exportações estão suspensas até que haja uma nova solução com o traçado atualizado do Sote”, explicou Bruns, acrescentando que a situação climática deve dificultar a rápida retomada. As fortes chuvas, que permanecem na previsão até pelo menos 18 de julho na região, têm causado ainda mais prejuízos: desde o início de janeiro, 52 mortes, cerca de 61 mil pessoas desabrigadas e mil casas destruídas, segundo a Secretaria de Riscos.

Impactos econômicos e perspectivas futuras

Anteriormente, a suspensão do transporte já havia causado uma redução de aproximadamente 132.500 barris na produção entre terça e quarta-feira, devido ao fechamento de poços pela falta de tanques de armazenamento. Essa diminuição afeta diretamente as receitas nacionais e a estabilidade da balança comercial do setor de petróleo.

Enquanto isso, mercados internacionais acompanham a situação: o preço do petróleo tem caído, com o mundo “nadando em petróleo”, conforme analisa especialista (leia a matéria da Globo), e governos de países como Argentina intensificam seus investimentos na exploração de petróleo, como é o caso de Vaca Muerta, estimada como uma grande esperança para a produção futura.

Desafios ambientais e ações de emergência

Assumindo um papel crucial na economia e no meio ambiente, as autoridades ainda não veem uma solução rápida para o problema, devido às intensas chuvas e ao alto risco de danos ambientais. O desvio dos oleodutos e a preservação da integridade das estruturas permanecem prioridades, enquanto medidas emergenciais são adotadas para minimizar os impactos ambientais e econômicos dessa crise.

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