Brasil, 4 de julho de 2025
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Pedro Campos defende stabileza política e manutenção de Alckmin como vice de Lula

Líder do PSB na Câmara, Pedro Campos, analisa a crise entre Poderes e reafirma apoio ao vice-presidente Geraldo Alckmin nas eleições de 2026.

O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PE), acredita que a atual crise entre os Poderes não se deve a um problema isolado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas reflete um novo funcionamento da democracia brasileira. Em entrevista ao Metrópoles, ele também expressou a intenção do seu partido em manter Geraldo Alckmin como vice do petista na eleição de 2026, destacando que o PSB continuará ao lado do atual chefe do Executivo independentemente das mudanças na chapa.

Pedro Campos comentou sobre a situação atual, afirmando: “Essa instabilidade não é resultado de um decreto específico, mas de um histórico tenso entre os Poderes que se arrasta há anos no Brasil, mesmo desde o governo anterior. As questões que discutimos são, em muitos casos, exageradas”. Um exemplo citado foi a discussão em torno do caso Ramagem, onde houve um embate entre a Câmara e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre limites legais em ações penais.

A crise no Congresso e a votação do IOF

O PSB, um partido historicamente alinhado ao PT, vivenciou uma ruptura interna recentemente, com nove dos seus 15 deputados votando pela derrubada do reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta que visava impedir o aumento do IOF obteve 383 votos a favor e 98 contra, configurando a maior derrota do governo Lula até o momento. Para Campos, esta votação ilustra o momento político e não deve ser vista apenas como um reflexo do tamanho da base apoiadora do governo no Congresso.

“Os deputados se sentiram à vontade para votar contra o aumento de impostos, mas a verdadeira responsabilidade fiscal requer coragem para apoiar a arrecadação e cortar gastos,” afirmou Campos, ressaltando a necessidade de um debate mais profundo sobre o equilíbrio fiscal.

O futuro da chapa presidencial

A composição da chapa para as eleições de 2026 é um tema recorrente, e Campos acredita que a permanência de Alckmin como vice é essencial. “Ele fez um bom trabalho e sua presença na chapa é fundamental. No congresso do PSB, a maioria dos membros manifestou o desejo de que Alckmin continue como vice,” destacou.

No entanto, a possibilidade de que Alckmin possa ser candidato ao governo de São Paulo ou ao Senado existe, criando incertezas sobre a aliança com o PSB. Campos, porém, acredita que essa mudança pode ser vantajosa para o governo Lula em termos de estratégia eleitoral.

Diálogo e federações políticas

Sobre a possibilidade de o PSB integrar uma superfederação com o PT, Campos foi claro: “Atualmente, não está nos planos do PSB.” Ele enfatizou que o partido está estudando uma aliança com o Cidadania, além de abrir espaço para diálogos com o PDT. “Acreditamos que é melhor haver mais de uma federação de esquerda do que concentrar tudo em um só lugar, o que poderia precarizar a representatividade no campo progressista,” completou.

Ao final da entrevista, Campos abordou a importância de garantir que as vozes do centro-esquerda sejam ouvidas nas próximas eleições. “Estamos conversando com outros partidos e planejamos crescer em nossa bancada, especialmente com a liderança de jovens como João Campos,” concluiu.

Para assistir à entrevista completa com Pedro Campos, você pode acessar o conteúdo no Metrópoles.

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