O chileno Nicolás Córdova foi confirmado como o técnico interino da seleção principal do Chile para os decisivos jogos das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. A seleção enfrentará Brasil no dia 4 de setembro e Uruguai, após a conturbada saída do argentino Ricardo Gareca, que deixou o cargo após a eliminação de La Roja. Córdova, que atualmente comanda a seleção sub-20 do Chile, terá a missão de trazer resultados positivos em momentos difíceis para o futebol chileno.
A situação atual da seleção chilena
A seleção chilena está passando por um momento crítico nas Eliminatórias, ocupando a lanterna da tabela com apenas 10 pontos em 16 jogos. Para complicar ainda mais a situação, Córdova terá um desafio considerável: se a La Roja não somar pontos em seus próximos confrontos, se tornará a terceira pior seleção da história das eliminatórias sul-americanas em termos de pontos, se juntando a Venezuela, que somou apenas três e dez pontos em suas respectivas campanhas.
A decisão da Federação Chilena de Futebol
Em uma declaração à imprensa, Felipe Correa, diretor esportivo da Federação Chilena de Futebol, afirmou: “A primeira decisão que tomamos é confirmar que Nico (Córdova) e sua comissão técnica serão os técnicos nesta segunda metade da temporada. Depois, continuaremos tomando decisões.” Essa afirmação indica que, apesar de Córdova estar assumindo como interino, a federação ainda está em busca de uma solução definitiva para a posição de treinador da seleção.
Experiência de Córdova
Nicolás Córdova já havia comandado a seleção principal de maneira interina em novembro de 2024, antes da contratação de Gareca. Sua experiência em clubes chilenos, como Palestino e Wanderers, e sua recente passagem à frente da seleção sub-20, que se prepara para a Copa do Mundo dessa categoria no Chile, o tornaram uma opção viável, embora não definitiva, para a La Roja.
Desafios à frente
Os desafios que Córdova enfrentará não se limitam aos jogos contra Brasil e Uruguai. Ele também terá que preparar a seleção para dois amistosos programados para novembro, que acontecerão na Rússia, contra os anfitriões e o Peru. Esses jogos, embora não façam parte das Eliminatórias, são uma oportunidade para começar a reconstruir a confiança da equipe e testar novos jogadores em um cenário internacional.
Em um cenário esportivo em que o Chile busca se reerguer das dificuldades, a nova liderança interina pode ser um passo inicial em direção à recuperação. Contudo, se não conseguir resultados positivos nas próximas rodadas, a federação chilena terá que considerar com urgência quais serão os próximos passos para o futuro do futebol no país, sobretudo em um contexto onde a competição continental e as expectativas da torcida pesam cada vez mais.
O futuro do futebol chileno depende não apenas do desempenho em campo, mas também das decisões estratégicas da Federação Chilena de Futebol. Com Córdova no comando interino, espera-se que novas ideias e uma renovação de espírito possam reverter a situação atual e resgatar o histórico competitivo do Chile nas eliminatórias.