A aprovação do megaprojeto de lei orçamentária de Donald Trump nos Estados Unidos afeta a economia mundial, elevando a dívida do país a níveis preocupantes. Os EUA, que já possuem uma dívida que ultrapassa US$ 36,2 trilhões (R$ 196 trilhões), equivalente a 120% do PIB, terão um novo aumento com a implementação do chamado Big Beautiful Bill.
Impacto na dívida e cortes de gastos
O projeto, aprovado pelo Congresso americano, propõe cortes de impostos direcionados aos mais ricos e uma redução em programas sociais e de incentivo à energia limpa. Segundo especialistas, essas medidas podem agravar o endividamento e comprometer projetos de transição energética, como a expansão de energias renováveis no país.
Política fiscal e seus efeitos
Ao diminuir tributos e diminuir despesas, Trump busca estimular o crescimento econômico, mas a estratégia tem gerado debates sobre o aumento do déficit público. Analistas dizem que o pacote favorece uma pequena parcela da população, enquanto prejudica serviços essenciais, como o Medicaid, sistema de saúde público dos EUA, que passa por cortes severos.
Desmonte de políticas de incentivo à energia limpa
Outra consequência importante é o enfraquecimento da política de incentivo à energia sustentável, iniciativa que vinha sendo fortalecida pelo governo anterior, de Joe Biden. O fechamento do observatório de Mauna Loa, no Havaí, responsável por medições cruciais sobre as emissões de gases de efeito estufa, é visto como uma perda significativa para a ciência global, segundo climatologistas.
Cortes nos programas de assistência internacional e ambiental
Os cortes realizados sob a gestão de Musk, que já afetaram programas de ajuda em países em desenvolvimento, agora se concentram em recursos destinados a proteger o meio ambiente e apoiar vulneráveis na sociedade americana. Especialistas indicam que essas decisões podem comprometer a luta contra as mudanças climáticas e atrasar avanços na transição para energias renováveis.
Reações políticas e perspectivas futuras
A votação gerou divisão no Congresso, com alguns republicanos votando contra, apoiando a posição dos democratas, enquanto o apoio final saiu do voto de desempate do vice-presidente, J.D. Vance. O cenário evidencia a crescente polarização sobre a condução da política fiscal americana e os riscos de aprofundamento do déficit.
O megaproyeto de Trump reflete uma estratégia de crescimento econômico por meio de benefícios fiscais aos mais ricos, mesmo com o aumento do endividamento. Especialistas alertam que essa política pode resultar não só em mais dívida, mas também em prejuízos à luta contra o aquecimento global e à manutenção de programas essenciais.
Mais detalhes e análises podem ser conferidos na reportagem completa do O Globo.