Brasil, 5 de julho de 2025
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Jovem de 18 anos detido por seis dias na ICE por procurar o pai

Caso de Marcelo Gomes da Silva revela condições precárias e questiona práticas de detenção de imigrantes nos EUA

Na última semana, Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, passou seis dias sob custódia da ICE em Massachusetts, após ser detido enquanto procurava o pai, que era alvo de buscas pelas autoridades de imigração, segundo fontes locais.

Detenção de jovem brasileiro expõe condições desumanas na ICE

Marcelo, que entrou legalmente nos Estados Unidos vindo do Brasil com visto estudantil expirado, foi preso na cidade de Milford enquanto ia para uma partida de vôlei. Sua advogada afirmou que ele não possui antecedentes criminais e que sua detenção foi injustificada.

O jovem ficou alojado na sede da ICE em Burlington, Massachusetts, onde relatos indicam condições precárias. Ele contou que passou dias sem tomar banho, dormindo em uma sala com cerca de 40 homens de idade média, alguns com 35 anos, e com pouco acesso a alimentação ou higiene. “Nunca imaginei passar por isso”, declarou Marcelo em entrevista gravada e divulgada pelas redes sociais.

Condições de cárcere e relatos de maus-tratos

Segundo vídeo divulgado por Marcelo, ele foi mantido algemado por horas e, infelizmente, compartilhou que foi difícil manter sua saúde física e emocional na prisão. “Não tomei banho por seis dias, só conseguia agradecer a Deus e conversar com outros presos sobre a Bíblia”, relatou.

Um porta-voz da família informou que o adolescente tinha acesso apenas a alguns crackers e que o local não possuía camas ou comida adequada, agravando ainda mais seu sofrimento. A Rede NBC10 Boston publicou imagens em que Marcelo aparece visivelmente abalado após seu momento de liberdade.

Debates sobre o uso indevido de instalações de detenção

Autoridades locais e ativistas criticam o uso do centro de Burlington como uma instalação de detenção prolongada, alegando que a estrutura foi criada para armazenamento temporário e não para manter presos por semanas. “A administração Trump tem estabelecido quotas de prisão, o que sobrecarrega esses espaços improvisados”, afirmou um representante da comunidade ao portal Boston.com.

Marcelo também atuou como tradutor para outros detidos na unidade, testemunhando histórias de desespero e solidão, além de chamar atenção para o impacto emocional de ver pessoas sendo deportadas enquanto está na prisão.

Reações públicas e chamadas por justiça

Comentários nas redes sociais mostraram indignação com o caso. Uma internauta afirmou que “ninguém deveria estar nessas condições”, enquanto outra destacou que “não se trata de um threat, mas de um estudante que veio crescer aqui”.

Um comentário reforçou a brutalidade do sistema, dizendo que a prisão de Marcelo representa “um trauma que ele não merecia”, e que “aqui é a América de Trump”.

Grupos de defesa dos direitos humanos denunciam que a situação retrata não apenas uma crise humanitária, mas também uma política de encarceramento que desconsidera o bem-estar de menores e adultos inocentes, muitas vezes acusados injustamente ou presos por simples busca por família.

Perspectivas e reflexões sobre a política de imigração

Especialistas questionam a efetividade e racionalidade dessas ações, ressaltando que a maior parte dos detidos não representa ameaça à sociedade. “Estes casos expõem o desrespeito aos direitos fundamentais e a necessidade de uma revisão urgente nas práticas de deportação e detenção”, afirma uma advogada de direitos humanos.

Marcelo agora aguarda uma nova avaliação judicial para sua situação, mas sua história reforça o debate sobre a humanização das políticas migratórias e o respeito à dignidade humana. A comunidade e organizações se mobilizam, clamando por mudanças e maior sensatez no tratamento a imigrantes, sobretudo menores, nos EUA.

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