Em mais um episódio que levanta questões sobre a segurança e a gestão de veículos apreendidos, um homem de 28 anos denunciou o desaparecimento de sua motocicleta do pátio do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador. O incidente ocorreu após a moto ser apreendida em uma blitz da Polícia Militar no dia 22 de maio, no Largo de Roma. A situação deixou Adriano Reis, o proprietário da moto e técnico de refrigeração, preocupado e desorientado sobre como proceder para recuperar seu bem.
O desaparecimento da moto
Adriano foi abordado por policiais durante uma blitz e, segundo ele, foi levado ao local por suspeitas de adulteração na moto. Após a abordagem, o veículo foi apreendido para realização de perícia na Delegacia de Repressão a Furto e Roubo de Veículos (DRFRV). Liberto após o registro, Adriano ficou à espera de notícias sobre sua motocicleta.
No dia 26 de maio, ele soube que o veículo havia sido enviado ao DPT, no entanto, a grande surpresa veio no dia 25 de junho, quando foi informado que sua moto estava liberada. Como o veículo estava registrado em nome de sua avó, ele não conseguiu retirá-la imediatamente. “Após alguns dias, nós fomos à delegacia, assinamos os documentos necessários, mas logo que saímos, recebemos um e-mail informando que a moto estava sendo transferida para outra pessoa”, contou.
A busca pela moto desaparecida
Após a informação de que a moto estava liberada, Adriano voltou à delegacia no dia 27 de junho. Contudo, ao chegar lá, foi informado de que a motocicleta havia desaparecido. “Fui até o DPT, e a informação que me deram foi que o veículo não estava mais ali e que sumiu após a perícia, além de estar sob investigação interna”, detalhou.
Graças à persistência de Adriano, que não desistiu de procurar sua motocicleta, a situação teve um desfecho inesperado. Na última sexta-feira (4), a moto foi encontrada abandonada na Rótula do Abacaxi, em Salvador, sendo recolhida por policiais militares e levada de volta para a DRFRV.
Desafios para a recuperação do veículo
Apesar da moto ter sido localizada, Adriano ainda enfrenta dificuldades para reaver o bem. Ele expressou sua preocupação com a possibilidade de que a moto tenha sido transferida de forma ilegal para outra pessoa. “Estou preocupado, não sei como vou conseguir recuperar minha moto. Espero que tudo se resolva da melhor maneira possível”, desabafou.
Por meio de uma nota à imprensa, a Polícia Civil informou que a motocicleta será devolvida ao legítimo proprietário até a próxima segunda-feira (7). O caso continua a ser investigado pela Delegacia de Repressão a Furto e Roubo de Veículos.
Repercussão e reflexões sobre a segurança
O caso de Adriano Reis traz à tona a discussão sobre os procedimentos que envolvem a apreensão de veículos e a segurança nos pátios da polícia. Muitos cidadãos se sentem inseguros ao deixar seus bens sob a responsabilidade do Estado, principalmente diante de situações como esta, que indicam possíveis falhas nos sistemas de gestão de veículos apreendidos.
Além disso, a situação revela a importância da transparência nas operações policiais e a necessidade de que os procedimentos de apreensão e armazenamento de veículos sejam rigorosamente seguidos para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro.
Como a sociedade pode confiar que seus bens estarão seguros se episódios como este se tornam frequentes? A resposta pode não estar clara, mas a busca por soluções para garantir a segurança dos cidadãos e seus bens é essencial para restaurar a confiança nas instituições.
Neste cenário, a história de Adriano Reis é um lembrete de que, além da lei, o respeito à propriedade individual e a responsabilidade na ação policial são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e segura.
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