Brasil, 4 de julho de 2025
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Demitido por Bacellar, Washington Reis vai para Caxias e diz que tocará secretaria até volta de Castro

Washington Reis, ex-secretário de Transportes, se reunirá com autoridades em Caxias após ser exonerado por Rodrigo Bacellar.

Um dia após ser exonerado do cargo de secretário de Transportes do Rio pelo governador em exercício Rodrigo Bacellar (União), Washington Reis (MDB) se dirigiu a Duque de Caxias, sua base eleitoral, nesta sexta-feira (4) para reunir autoridades e tratar de “assuntos de interesse público em geral”. Apesar da exoneração, a assessoria de Reis afirma que ele planeja continuar à frente de questões da secretaria até a próxima segunda-feira (7), quando deverá se encontrar com o governador Cláudio Castro (PL).

Ainda no papel de ex-secretário

O evento que reúne a cúpula dos Brics no Rio gerou a suspensão das atividades da Secretaria de Transportes nesta sexta. A Secretaria de Comunicação do governo confirmou que Castro retorna da agenda internacional em Portugal no próximo domingo, mas até o momento não se manifestou sobre a exoneração de Reis. A expectativa é que eles se encontrem logo no início da próxima semana para discutir os próximos passos.

Washington Reis foi afastado do cargo na última quinta-feira, no primeiro ato oficial de Rodrigo Bacellar durante sua gestão interina. A demissão ocorreu após conflitos entre os dois, com Bacellar citando a “insubordinação” do ex-secretário como uma razão para a decisão. Em declarações à TV Globo, Reis contestou a validade da demissão e sugeriu que a decisão de Bacellar foi uma tentativa de se destacar politicamente.

Escalando a tensão política

Em sua defesa, Reis afirmou que o governador Cláudio Castro havia garantido que ele permaneceria no cargo e criticou a decisão de Bacellar, chamando-a de “aparecimento”. “Ele [Bacellar] não foi eleito, ele não é governador. O governador está voltando na segunda-feira, e eu tenho uma ótima relação com ele”, rechaçou Reis. O ex-secretário compartilhou essa mensagem de apoio em reunião com o vice-prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere (PSD), no projeto Fazenda Paraíso, voltado para a recuperação de dependentes químicos na região.

Além disso, Reis tem se aproximado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que é considerado um potencial adversário de Bacellar nas próximas eleições estaduais de 2026. Essa aliança política, junto com a insistência de Reis em não apoiar Bacellar para o governo, amplia a tensão entre as figuras políticas em cenário eletrizante no estado.

Reações à exoneração e estratégia política

A demissão de Reis trouxe reações da direita, com apoiadores criticando Bacellar. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) comentou nas redes sociais que “a soberba precede à ruína”, insinuando que a postura de Bacellar poderia levar a grandes repercussões políticas. Além dele, o líder do Partido Liberal na Câmara, Sóstenes Cavalcante, expressou apoio a Reis, apontando-o como o “futuro governador”.

Essas reações demonstram como a demissão de Reis não ocorreu em um vácuo político, mas sim em meio a um jogo complexo entre diferentes interesses e membros da classe política. A decisão de Bacellar, vista como um movimento estratégico, poderia impactar sua imagem e sua posição em futuros pleitos, especialmente com Reis já sendo considerado uma peça importante nas futuras eleições.

Uma nova fase para Washington Reis?

Recentemente, Reis, que enfrenta inelegibilidade devido a uma condenação por crime ambiental, obteve um sinal positivo do Supremo Tribunal Federal (STF), o que pode mudar seu cenário político. Apesar da situação delicada, a possibilidade de um acordo de não persecução penal pode abrir novas portas para o ex-secretário, possibilitando que sua influência no cenário político permaneça relevante.

Com todas as mudanças ocorrendo no espaço político, Reis é visto como um potencial disruptor na corrida para 2026. Com o ex-secretário mantendo uma rede de apoio e influência em Caxias e no estado como um todo, Ele pode desafiar as expectativas de Bacellar, que busca se consolidar como um nome forte para as próximas eleições.

A situação é um lembrete de como a política é dinâmica e muitas vezes imprevisível, especialmente no estado do Rio de Janeiro, onde alianças e rivalidades moldam constantemente o futuro dos candidatos e suas agendas. Com as reuniões iminentes e as conversas que devem ocorrer em breve entre Reis e Castro, o desenrolar desta história ainda está longe de terminar.

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