Brasil, 4 de julho de 2025
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Declaração de Dilma Rousseff sobre restrições financeiras no NDB

A presidente do NDB, Dilma Rousseff, critica tarifas e sanções como ferramentas de subordinação política em reunião do Brics.

Rio de Janeiro — A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, fez uma declaração contundente nesta sexta-feira (4/7), ao afirmar que tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo utilizadas como “ferramentas de subordinação política”. As palavras de Dilma se destacaram durante a cerimônia de abertura da 10ª reunião anual do conselho do NDB, um dos principais bancos que compõem o grupo dos Brics.

Durante seu discurso, Dilma enfatizou que o multilateralismo global enfrenta crescente pressão, com um retrocesso da população em apoio a políticas multilaterais e um aumento do unilateralismo. “Tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo usadas como ferramenta de subordinação política”, afirmou a ex-presidente, refletindo um sentimento crescente em várias nações emergentes que sentem os efeitos das políticas comerciais da administração americana, particularmente aquelas implementadas sob o governo de Donald Trump.

A resposta ao unilateralismo

A fala de Dilma pode ser interpretada como uma reação direta às medidas unilaterais do presidente dos Estados Unidos, que popularizou a política do “tarifaço”, impondo taxas elevadas sobre produtos importados de diversos países. Tais ações têm sido vistas como tentativas de aumentar a dependência de nações em relação aos EUA, pressionando nações para se alinhar a seus interesses políticos e econômicos.

O evento, que está em sua décima edição, é uma oportunidade para discutir os variados desafios enfrentados pelos países do Sul Global, especialmente em relação ao financiamento do desenvolvimento sustentável. Além disso, o encontro inclui debates sobre ciência, tecnologia e inovação, e a possibilidade de utilizar moedas locais em programas de financiamento, destacando a busca por alternativas ao dólar americano.

Desafios do financiamento global

O encontro do Brics reuniu importantes figuras do cenário político e econômico, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros, membros do conselho do NDB, líderes empresariais e representantes da sociedade civil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também foi um dos presentes e sua participação reforça a importância do debate em torno da economia brasileira no contexto mundial.

Um dos principais objetivos da cúpula é debater a viabilidade de novos modelos de cooperação financeira que possam facilitar o desenvolvimento sustentável. A necessidade de soluções inovadoras se torna cada vez mais crítica em um mundo onde as limitações impostas por sanções e tarifas complicam o cenário econômico global. A discussão sobre o uso de moedas locais para financiamentos é um passo importante para reduzir a dependência do dólar e fortalecer as economias dos países participantes.

Impacto da reunião nas relações internacionais

Além dos debates sobre política econômica e financeira, a 10ª reunião do Brics reflete um crescente interesse por parte de países emergentes em estabelecer alianças mais fortes entre si, em um momento em que as tensões entre potências globais têm aumentado. As declarações de Dilma podem ressoar não apenas entre os membros do Brics, mas também nas comunidades internacionais que buscam alternativas ao sistema econômico global dominado pelas potências ocidentais.

Os desdobramentos desta reunião terão um impacto significativo nas próximas políticas de cooperação entre os países do bloco, proporcionando uma plataforma para que os líderes discutam estratégias que não apenas enfrentem os desafios atuais, mas também criem oportunidades para um desenvolvimento mais equitativo e justo.

À medida que o multilateralismo enfrenta desafios sem precedentes, a busca por modelos de colaboração que promovam a soberania das nações e o desenvolvimento sustentável se torna ainda mais crucial. A posição de Dilma Rousseff e a resposta ao unilateralismo são um claro indicativo de que o diálogo e a cooperação ainda são as melhores ferramentas para enfrentar as adversidades do cenário mundial.

O evento ainda reserva discussões relevantes para a estrutura financeira global e o papel emergente dos países do Brics na redefinição do futuro econômico global.

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