As cooperativas de energia elétrica ampliam sua atuação no Brasil, especialmente na região Sul, oferecendo fornecimento de energia a áreas antes desassistidas. Apesar de representarem uma parcela menor no volume total, sua presença é significativa na capilaridade e na inclusão territorial, destaca a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Expansão e inclusão territorial das cooperativas de energia
Atualmente, as cooperativas atendem mais de 750 mil domicílios em cerca de 800 municípios, como é o caso da Certel, no Rio Grande do Sul, fundada em 1956, que possui 80 mil associados em 48 cidades. Outro exemplo é a Ceriluz, que atua desde 1966 em 24 municípios e atende 14 mil associados, incluindo clientes do setor agrícola, industrial, comercial e órgãos públicos, segundo seu presidente, Guilherme de Pauli.
“A maioria dos consumidores está na área rural, o que é a marca do cooperativismo gaúcho”, afirma Erineo José Hennemann, presidente da Certel. Na região, há um esforço conjunto para ampliar redes de distribuição e viabilizar o acesso ao mercado livre de energia, promovendo uma matriz energética mais limpa e acessível.
Investimentos em fontes renováveis e inovação na distribuição
Algumas cooperativas buscam ampliar sua capacidade de geração por meio de fontes renováveis. Em Santa Catarina, a Coopera fornece energia a mais de 30 mil associados e inaugurou, em 2024, sua primeira Pequena Central Hidrelétrica (PCH), com investimento de R$ 75 milhões. Além disso, cooperativas como a Cogecom, do Paraná, fundada em 2017, atuam na locação de usinas para estimular o investimento privado em energia limpa, explica Roberto Corrêa, CEO do grupo.
Segundo a organização, o desenvolvimento deste modelo descentralizado também fomenta a inclusão social, econômica e territorial, contribuindo para a capilaridade da oferta energética no país.
Perspectivas futuras e apoio financeiro
O setor vive um momento de crescimento impulsionado pelo incremento na oferta de crédito específico para cooperativas, que apresenta diversas linhas de financiamento, conforme destaca reportagem recente. A expansão da infraestrutura também é facilitada por realizações como a instalação de usinas de pequena escala, que aceleram a transição para uma matriz mais sustentável.
Além do fortalecimento territorial, as cooperativas atuam na diversificação de fontes, investindo em bioeconomia na Amazônia e novas tecnologias de distribuição. O avanço dessas iniciativas reforça o papel estratégico dessas organizações na promoção de energia acessível e sustentável no Brasil.
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