Brasil, 4 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Conflito interno no PSOL Niterói envolve acusações de machismo e transfobia

Vereadora Benny Briolly e Professor Tulio trocam acusações dentro do PSOL em Niterói, debatendo questões de liderança e discriminação.

No coração da política niteroiense, uma disputa acirrada vem chamando a atenção. A vereadora Benny Briolly está em rota de colisão com o colega de partido, Professor Tulio, em meio a sérias acusações de machismo, racismo e transfobia. O pano de fundo desse confronto revela não apenas conflitos pessoais, mas também uma crise de liderança dentro do PSOL Niterói.

A acusação e a defesa

Durante um encontro do Colégio de Líderes na Câmara Municipal de Niterói, Benny Briolly afirmou ter sido surpreendida ao ser informada que não seria mais a líder da bancada PSOL/REDE. Segundo ela, não apenas sua liderança foi desconsiderada, mas sua destituição aconteceu diante de 18 homens, sem qualquer aviso prévio ou notificação à câmara. Essas alegações foram publicadas nas redes sociais da vereadora, onde ela destacou a “violência recorrente” que vem sofrendo dentro do partido.

Por outro lado, o vereador Professor Tulio negou as acusações e afirmou que a situação se resumiu a uma divergência sobre a liderança da bancada, que, segundo ele, já tinha sido determinada democraticamente. Em uma nota, ele reiterou que a posição de liderança cabia ao membro mais votado, enfatizando a legitimidade do processo partidário.

A carta de apoio e a resposta do PSOL

A tensão se intensificou com o apoio público a Benny, que gerou uma carta assinada por figuras notáveis, incluindo Mc Carol e a deputada federal Duda Salabert. Neste documento, afirma-se que a situação é um exemplo claro das “recorrentes violências” sofridas por Briolly, o que reforça a narrativa da vereadora sobre a discriminação que enfrenta dentro do PSOL.

Em resposta, o diretório do PSOL Niterói justificou a escolha de Professor Tulio como líder, afirmando que a decisão seguiu os trâmites democráticos e que não tinham conhecimento de qualquer contestação anterior da vereadora. O partido ainda destacou que sua postura política contraria as orientações da sigla ao se alinhar publicamente com a administração do prefeito Rodrigo Neves.

Um partido entre tensões e convicções

As desavenças entre Benny Briolly e Professor Tulio levantam questões sobre a inclusão e a experiência de vereadores LGBTQIA+ na política local. A posição do PSOL Niterói como um partido que se declara antirracista, feminista e contra a LGBTfobia está sendo desafiada pela crise interna. De um lado, a oposição à vereadora aponta para a necessidade de coerência na atuação política; do outro, há o clamor pela defesa de espaços para minorias.

O PSOL afirmou em nota – “O PSOL de Niterói é um partido combativo, antirracista, feminista, contra a LGBTfobia e socialista, e assim seguirá, com firmeza e coerência.” Contudo, a situação parece indicar que essa postura é mais complexa quando confrontada com as realidades de suas membros e suas experiências.

Reflexões sobre a liderança e o futuro

Enquanto o impasse persiste, o debate sobre como os partidos políticos tratam questões de liderança e diversidade continua sendo crucial. A política brasileira enfrenta um momento em que vozes cada vez mais diversas tentam encontrar espaço e reconhecimento perante estruturas tradicionais e, muitas vezes, excludentes.

À medida que a situação se desenrola, a atenção do público poderá influenciar não apenas a situação em Niterói, mas também como partidos em todo o Brasil lidam com questões de inclusão e representatividade. A exploração de diálogos respeitosos e construtivos será vital para resolver esses conflitos internos e promover um ambiente político mais inclusivo e respeitoso.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes