Brasil, 4 de julho de 2025
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Comemoração dos mártires católicos coreanos marca um século de fé

Celebrando os 79 mártires coreanos, eventos vão destacar perseguições e liberdade religiosa obtida em 1895.

No próximo dia 5 de julho, a Arquidiocese de Seul dará início a uma série de celebrações para marcar o centenário dos primeiros mártires da Coreia, beatificados em 1925. Este evento significativo não apenas recorda a vida destes 79 católicos que foram mortos em odium fidei durante as perseguições realizadas nos anos de 1839 e 1846, mas também representa um momento de reflexão sobre a resistência e a fé da Igreja Católica na Coreia ao longo da história.

A história das perseguições

Durante o século XIX, estimativas indicam que aproximadamente 16 mil católicos perderam suas vidas na Coreia devido a perseguições religiosas. As dificuldades enfrentadas pelos fiéis permitiram que a Igreja se fortalecesse e, finalmente, conquistasse a liberdade de culto em 1895. Apesar da dor e da luta, a fé católica no país se firmou, culminando com a beatificação dos mártires que agora são lembrados como símbolos de coragem e devoção.

Eventos do Centenário

As comemorações começam com uma Celebração Eucarística marcada para às 15h, na icônica Igreja do Santuário dos Mártires de Seosomun, um local emblemático que foi palco de muitas execuções durante a Dinastia Joseon. O arcebispo Jeong Sun-taek presidirá a cerimônia, que reunirá clérigos e fiéis em um ato de homenagem a aqueles que deram suas vidas pela fé.

Ao final da missa, será apresentado o “Relatório sobre a Perseguição de Gihae e Byeong-o”, um documento rico em detalhes que expõe as atrocidades e desafios enfrentados pelos católicos coreanos na época. Compilado com base em relatos oficiais da época, o relatório inclui traduções contemporâneas que facilitarão o acesso à pesquisa acadêmica. Essa iniciativa se distingue de outros materiais históricos disponíveis, pois oferece uma visão mais aprofundada dos testemunhos individuais dos que viveram aqueles tempos sombrios.

A Exposição “Anima Mundi”

Para encerrar as festividades, à noite do dia 5 de julho, será inaugurada a exposição “Anima Mundi”. Este evento terá um significado especial, pois o nome remete à seção dos Museus do Vaticano que celebra o legado missionário da Igreja. O Papa Pio XI havia solicitado a realização de uma Exposição Missionária Universal nos Jardins do Vaticano em 1925, onde a Igreja da Coreia pela primeira vez apresentou sua existência ao mundo. A nova exposição, que homenageia esta rica história, traçará a narrativa da vivência da fé na Coreia, convidando os visitantes a refletirem sobre os desafios e as conquistas da comunidade católica ao longo das décadas.

Um legado de fé e resistência

As iniciativas organizadas pela Arquidiocese de Seul e pelo Comitê para a Honra dos Mártires têm como objetivo não apenas preservar a memória dos mártires, mas também promover a reflexão sobre a liberdade religiosa. O sofrimento enfrentado pelos católicos coreanos é um testemunho poderoso da resiliência de uma fé que, apesar das adversidades, se manteve firme e digna. Ao relembrar essas histórias, a Igreja Católica na Coreia e no mundo se une em um chamado à paz, à compreensão e ao respeito mútuo entre as diferentes crenças.

*Com Agência Fides

As celebrações que ocorrem no próximo julho são mais do que uma simples recordação; são uma afirmação de que a fé e o testemunho ainda têm um papel vital na sociedade contemporânea, impulsionando a comunidade a refletir sobre os valores fundamentais que unem todos na busca por um mundo melhor.

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