Brasil, 4 de julho de 2025
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Bolsas brasileiras atingem recordes em dia de otimismo global

Ibovespa fechou em alta de 1,35%, impulsionado por otimismo internacional e dados positivos do mercado de trabalho dos EUA

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, fechou ontem em alta de 1,35%, atingindo 140.928 pontos, seu maior fechamento na história. O desempenho positivo refletiu o bom momento da economia global, especialmente após dados mais fortes que o esperado do mercado de trabalho americano.

Brasil apresenta avanço, enquanto dólar atinge menor patamar desde junho de 2024

O índice de ações brasileira acumula uma alta de 17,16% neste ano. Já o dólar recuou 0,29%, cotado a R$ 5,404 — menor valor desde junho de 2024. A queda do dólar em relação ao real, de 12,54% neste ano, reforça o cenário de confiança no mercado cambial brasileiro.

Mercado de trabalho dos EUA impulsiona otimismo global

Dados mais robustos do mercado de emprego americano estimularam o apetite por risco, beneficiando as Bolsas de Nova York e outros mercados emergentes. O índice S&P 500 subiu 0,83%, atingindo 6.279 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 1,02%, chegando a 20.601 pontos, ambos em nível recorde. Segundo o relatório payroll — considerado o mais importante para as decisões do Federal Reserve (Fed) — os Estados Unidos criaram 147 mil vagas em junho, acima da expectativa de 106 mil, e a taxa de desemprego caiu de 4,2% para 4,1%.

Efetividade dos dados cria cenário de ‘Goldilocks’

Especialistas avaliam que o mercado de trabalho forte mantém a perspectiva de uma economia americana em um cenário de ‘Goldilocks’ — ou seja, um crescimento equilibrado, sem risco de inflação descontrolada ou recessão. Rafael Passos, gestor na Ajax Investimentos, afirma que estamos diante de uma economia que consegue manter um ritmo saudável, o que favorece a continuidade de ativos de risco.

Reação dos mercados emergentes e impacto no Brasil

Com o cenário externo favorável, moedas emergentes como o real e o peso mexicano apresentaram boa performance, segundo Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad. Apesar do atrito entre o governo e o Congresso em relação ao decreto do IOF, os juros futuros no Brasil subiram, refletindo a expectativa de que o Federal Reserve não deverá reduzir as taxas de juros em breve. As taxas do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2026 passaram de 14,91% para 14,92%, e as de 2027, de 14,12% para 14,14%.

Perspectivas futuras e influência internacional

André Valério, economista do Inter, destaca que o bom desempenho do mercado americano reforça a hipótese de que o Fed continuará com a política de manutenção das taxas de juros, atraindo capitais para os EUA e fortalecendo o dólar. Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, aponta que o diálogo comercial entre EUA e União Europeia também favorece o otimismo.

Das 84 ações do Ibovespa, somente 9 fecharam em queda, sendo a Vale a mais negociada, com baixa de 0,47%, devido ao feriado de 4 de julho nos EUA, que antecipou o encerramento do mercado em Wall Street. Petrobras subiu 0,34%, enquanto os bancos tiveram destaque: Banco do Brasil avançou 1,41%, Itaú, 2,47%, e Bradesco, 2,38%.

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