Brasil, 4 de julho de 2025
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Supremo Tribunal dos EUA analisará casos sobre participação de homens em esportes femininos

Decisão do Supremo nos próximos meses poderá definir se estados podem impedir homens de competir em ligas femininas

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (3) que irá julgar dois casos relacionados à participação de homens em esportes femininos. As ações questionam se os estados podem proibir a presença de meninos em ligas esportivas destinadas às mulheres.

Casos de Idaho e West Virginia chegam à Suprema Corte

O tribunal irá apreciar as ações Hecox v. Little, originada de Idaho, e B.P.J. v. West Virginia State Board of Education, ambas movidas por jovens que se identificam como femininos e contestam as leis estaduais que restringem a participação de homens em competições femininas. A decisão foi divulgada na carta oficial do tribunal.

Nos Estados de West Virginia, uma jovem de 11 anos entrou com uma ação contra a lei Save Women’s Sports Act, que buscava impedir a participação de meninos em esportes femininos. A Corte de Apelações do 4º Circuito suspendeu a norma, argumentando que sua aplicação prejudicaria o adolescente “baseado na identidade de gênero”.

No caso de Idaho, um atleta do sexo masculino acionou o estado após sua lei, a Fairness in Women’s Sports Act, ser bloqueada pelo 9º Circuito em 2023. Essa legislação visa impedir que homens compitam em categorias femininas, e o tribunal também manteve a suspensão da norma.

Histórico de Idaho em ações judiciais sobre políticas de gênero

Idaho já esteve na Supreme Court anteriormente em questões relacionadas à política de gênero. Em 2024, o estado obteve uma vitória emergencial ao garantir a suspensão temporária de uma lei que proibiria procedimentos de alteração de sexo em menores. A decisão permitiu a implementação provisória da norma. Challenges continuam na Justiça.

Conflitos sobre ideologia de gênero no governo federal

Desde o início da gestão de Donald Trump, em 2017, debates e ações judiciais envolvendo políticas de identidade de gênero têm se intensificado nos EUA. O ex-presidente assinou uma série de ordens executivas para reforçar a visão de que “mulher” é um termo biológico, incluindo a defesa da restrição à participação de homens em esportes femininos e a restrição de procedimentos médicos de transição para menores.

Entre as medidas, destaca-se a ordem de Trump que determinou que documentos oficiais, como passaportes, refletissem a compreensão de sexo biológico e não a autodeclarada identidade de gênero. Além disso, a administração também proibiu transgender em militares e restringiu tratamentos hormonais e cirurgias em menores trans.

Impacto na política e no esporte americano

As ações do governo têm provocado reações diversas, incluindo mudanças nas regulamentações de universidades. Nesta semana, a Universidade da Pensilvânia concordou em alterar registros esportivos para reconhecer títulos conquistados por atletas biológicos do sexo masculino, como Lia Thomas, e anunciou que futuros torneios não permitirão a participação de homens em esportes femininos. A instituição também pediu desculpas às atletas prejudicadas.

Perspectivas futuras

A decisão do Supremo será crucial para determinar os limites da participação de jovens transgênero em esportes, além de potencialmente influenciar outras legislações estaduais e Federações esportivas nos Estados Unidos. Analistas avaliam que o julgamento deve aprofundar os debates sobre direitos, inclusão e proteção da integridade do esporte feminino.

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