Brasil, 4 de julho de 2025
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Petrobras quer aumentar escoamento de gás natural para diminuir preços

Presidente da Petrobras anuncia planos para ampliar o gás natural na costa e reduzir o custo para a indústria brasileira

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta quinta-feira (3) que a estatal pretende aumentar o escoamento de gás natural para a costa brasileira, visando tornar o combustível mais barato para as indústrias. A iniciativa faz parte de um pacote de investimentos de mais de R$ 33 bilhões no refino e na petroquímica no Rio de Janeiro, anunciado recentemente pela empresa.

Esforços para baratear o gás natural

Durante apresentação a jornalistas, Chambriard destacou que quanto mais gás for levado para a costa, menor será o preço para a sociedade. “Quanto mais gás a gente conseguir trazer para costa, mais barato será esse gás para a sociedade”, afirmou. A estratégia está relacionada à integração de diferentes operações, incluindo a Rota 3, que conecta os campos de pré-sal da Bacia de Santos ao litoral do Sudeste, e unidades petroquímicas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Investimentos e possibilidades de redução de preços

Ao ser questionada se esses investimentos poderão impactar a redução do preço do gás natural, Magda Chambriard ressaltou que o processo não é imediato, mas que a estatal trabalha para isso. “Estamos sempre querendo abrasileirar preços e entregar o produto de forma mais acessível”, explicou. A política de preços adotada pela Petrobras leva em conta fatores como o custo de produção nacional e a participação no mercado interno, buscando evitar oscilações bruscas influenciadas pelo mercado internacional.

Preços elevados e desafios para a indústria

O preço do gás natural no Brasil é atualmente considerado alto pelos empresários do setor. Em abril, um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o gás brasileiro chega a ser dez vezes mais caro que o americano e o dobro do europeu. Esses custos elevados dificultam a competitividade e a reindustrialização do país, conforme destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Recentemente, o ministro reforçou a necessidade de reduzir preços para ampliar a indústria no Brasil, ressaltando a força da Petrobras como controladora do setor. “É preciso equilibrar a força empresarial com as necessidades do Brasil”, afirmou.

Desafios e estratégias de escoamento

Magda Chambriard explicou que o petróleo e gás do offshore brasileiro vêm de regiões distantes da costa — centenas de quilômetros de distância. Ela destacou que novas plataformas da Petrobras, como o projeto Búzios 12, estão sendo planejadas para criar um hub de gás, o que facilitará trazer mais gás para a costa e, assim, baratear os custos.

Ela também ressaltou que, apesar de importar gás de países vizinhos como Argentina e Bolívia, o principal problema não está na importação em si, mas no preço acessível para o mercado interno. “Trazer gás para o Brasil a preços acessíveis é o grande desafio”, afirmou.

Chambriard citou ainda o esforço da Petrobras em consórcio com a Ecopetrol, estatal colombiana, em grandes campos de gás na Colômbia, embora ainda não seja certo se esse gás será suficiente para atender a demanda brasileira.

A estratégia da Petrobras visa aumentar o volume de gás natural disponível, contribuindo para uma redução potencial nos custos e para o fortalecimento da indústria brasileira, que atualmente enfrenta altos preços, impactando o crescimento econômico do país.

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