Brasil, 3 de julho de 2025
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Paraguai e Argentina avaliam construção de gasoduto para alimentar Brasil

Gás natural de Vaca Muerta poderá chegar ao Brasil através de novo projeto bilateral entre Paraguai e Argentina

Os governos do Paraguai e da Argentina assinaram, na 66ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum e na Cúpula de Presidentes do Mercosul em Buenos Aires, um memorando de entendimento para avaliar a construção de um gasoduto com o objetivo de transportar gás natural de Vaca Muerta, na Argentina, para os mercados paraguaio e brasileiro.

Projeto busca ligar campos de gás a mercados brasileiros

O documento cria um grupo de trabalho para analisar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto. Segundo nota do Ministério de Obras Públicas do Paraguai, a intenção é conectar os campos de gás argentinos ao Centro-Oeste brasileiro, usando o Paraguai como corredor logístico e energético.

Rotas possíveis e desafios

Atualmente, há cinco rotas potenciais para o gasoduto. Uma delas prevê a construção de uma tubulação que atravessaria a região do Chaco, no Paraguai. Outra possibilidade é levar o gás pelo Rio Grande do Sul, que faz fronteira com a Argentina, passando pelo trecho entre a região de Vaca Muerta e Uruguaiana, na fronteira brasileira.

Incertezas e limitações do percurso gaúcho

Fontes do Ministério da Fazenda indicam que, para essa rota ser viável, a Argentina precisaria vender cerca de 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia — volume difícil de ser absorvido pela Região Sul do Brasil, que possui capacidade limitada.

Infraestrutura e investimentos necessários

Para avançar na rota do Rio Grande do Sul, seria necessário concluir a ligação do gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre, obra já prevista pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, seria fundamental adaptar o Gasoduto Brasil-Bolívia para que operasse de forma bidirecional, atualmente orientado apenas para transportar gás da Bolívia ao Brasil.

Perspectivas e próximos passos

Especialistas avaliam que o projeto pode ampliar o abastecimento de gás natural no Brasil e fortalecer a integração regional. No entanto, há desafios logísticos e de mercado que precisam ser superados. A avaliação detalhada pelo grupo de trabalho deverá indicar a melhor rota e os investimentos necessários para o funcionamento do gasoduto.

Segundo o jornalista Rodrigo Gomes, do O Globo, a construção do gasoduto poderá não apenas ampliar o fornecimento de energia ao Brasil, mas também fortalecer o comércio regional na relação entre os países do Cone Sul.

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