Danilo Gentili, apresentador do programa “The Noite”, abordou pela primeira vez o polêmico caso envolvendo sua ex-assistente de palco, Juliana Oliveira, que o acusou de omissão em relação a um incidente de assédio envolvendo o colega Otávio Mesquita. A declaração foi feita durante uma entrevista com o jornalista Ricardo Feltrin na última quarta-feira (2).
Acusações de Juliana Oliveira
Durante a conversa, Juliana fez alegações graves, afirmando que o incêndio das denúncias veio à tona devido à falta de ação por parte de Gentili. “Aconteceu tudo embaixo do seu nariz e você não fez nada”, acusou ela. Danilo respondeu que, se não houvesse gravações que provassem sua inocência, a situação poderia ter acabado mal para ele. “Se não tivesse aqueles áudios, tinha me ferrado”, disse.
Enquanto Feltrin disparou críticas sobre a forma como denúncias de assédio são tratadas na sociedade brasileira, Gentili explicou que a repercussão do caso trouxe à tona uma série de preocupações. “Ela estava me acusando de racismo. Ela acusou um de estupro [refere-se a Otávio Mesquita] e outro de cúmplice”, afirmou.
A denúncia contra Otávio Mesquita
Juliana Oliveira fez uma denúncia formal contra o apresentador Otávio Mesquita em abril, revelando um suposto caso de assédio que teria ocorrido em 2016, durante a gravação do programa “The Noite”. Segundo o relato, Mesquita, que estava fantasiado, teria descido do palco de uma maneira inusitada e tocado inapropriadamente nas partes íntimas de Juliana, enquanto ela auxiliava na cena. O incidente ocorreu na frente de várias pessoas no estúdio, e a denúncia foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP).
A nova onda de afirmações levantou questões sobre a cultura do silêncio que frequentemente envolve casos de assédio e como esta cultura afeta as vítimas. Juliana fez um apelo por justiça e ressaltou a necessidade de ser ouvida e acreditada em suas alegações.
Repercussão e o papel da mídia
A imprensa tem um papel crucial na forma como esses casos são tratados e, portanto, os comentários de Gentili e as denúncias de Juliana Oliveira seguem em destaque nas redes sociais e em diversas plataformas de notícias. As declarações geraram uma onda de solidariedade para com Juliana e um clamor para que mais vozes sejam ouvidas e que os casos de assédio sejam tratados com a seriedade que merecem.
Danilo, por sua vez, não se esquivou de abordar as graves alegações e defendeu-se ao afirmar que possui áudios que poderiam mudar a percepção pública sobre o caso, mas que, se tornados públicos, poderiam ter efeitos adversos para Juliana. Ele a aconselhou a ser cautelosa ao discutir os eventos e a natureza do que foi gravado, deixando claro que a sua posição ainda precisa ser explicada mais detalhadamente.
Considerações Finais
Esse desenrolar de eventos evidencia não apenas as complexidades dos casos de assédio, mas também a importância de um diálogo transparente e respeitoso sobre as experiências das vítimas. À medida que a discussão continua a evoluir, tanto na mídia quanto nas redes sociais, fica claro que a responsabilidade deve ser cada vez mais compartilhada entre os indivíduos e as instituições, garantindo que todos os relatos sejam examinados com a devida atenção.
O caso de Juliana Oliveira e Danilo Gentili serve como um lembrete de que a luta contra o assédio e a necessidade de proteção das vítimas ainda estão longe de ser resolvidas no Brasil.