Manter um microbioma intestinal saudável é fundamental para o bem-estar global, incluindo saúde mental e imunidade. Especialistas recomendam uma alimentação diversificada, especialmente com plantas.
O que é o microbioma intestinal e por que ele importa
Segundo a Dra. Megan Rossi, Ph.D. e especialista em saúde intestinal, o microbioma refere-se às trilhões de micro-organismos que vivem no intestino, incluindo bactérias e os compostos que produzem. Essa comunidade microbiológica influencia não apenas a digestão, mas também a saúde mental e o sistema imunológico.
Rossi explica que o microbioma fica na parte inferior do trato gastrointestinal, dos últimos cinco pés do intestino, e sua composição pode afetar o funcionamento do corpo como um todo. Não se trata mais de rotular bactérias como boas ou ruins, mas de entender o equilíbrio e o ambiente em que elas vivem.
Como melhorar a saúde do microbioma com a alimentação
Foco na diversidade de plantas
De acordo com Rossi, a chave está em incluir uma grande variedade de plantas na dieta — objetivando pelo menos 30 diferentes tipos por semana. O conceito central é a inclusão, não a exclusão de alimentos considerados ruins.
Ela destaca que o consumo de diferentes grupos de plantas fornece “fertilizantes” variados para as bactérias do intestino, estimulando sua diversidade e saúde. Entre esses grupos, ela recomenda especialmente os chamados “Seis Superalimentos”.
Os seis Superalimentos para o microbioma
- Grãos integrais (quinoa, aveia)
- Nozes e sementes
- Verduras e hortaliças
- Frutas
- Leguminosas (feijão, lentilha)
- Ervas e especiarias
Cada grupo oferece diferentes nutrientes que alimentam diversos tipos de bactérias, essenciais para funções específicas, como digestão e produção de vitaminas.
Cuidados adicionais e dúvidas comuns
Especialistas reforçam que manter essa diversidade alimentar ajuda a garantir uma comunidade microbiológica robusta, capaz de proteger o organismo de doenças e promover equilíbrio emocional. Alimentar-se de forma variada também significa incorporar mais legumes, frutas e cereais integrais no dia a dia.
Rossi explica que, apesar do universo de suplementos probióticos, muitas vezes a alimentação natural é suficiente para alimentar corretamente o microbioma. Além disso, ela recomenda moderar o consumo de álcool e outras substâncias que podem prejudicar essa comunidade de micro-organismos.
Perspectivas futuras
Estudos avançados indicam que uma microbiota equilibrada tem potencial para influenciar também o tratamento de doenças autoimunes, ansiedade e outros problemas de saúde. Portanto, cuidar do microbioma com uma alimentação diversificada e equilibrada é uma estratégia acessível e poderosa para o bem-estar a longo prazo.
Para dúvidas e orientações específicas sobre sua alimentação, procure a orientação de um profissional de saúde ou nutricionista. Saiba mais sobre o tema no episódio completo do podcast “Gut Health with Dr. Megan Rossi”.