Brasil, 3 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Águias-carecas florescem nos EUA, e mudanças na lei podem ameaçar seu futuro

A recuperação das águias-carecas, símbolo nacional dos EUA, pode estar em risco com propostas legais do governo Trump que alteram proteção de habitats.

Após décadas de esforços de conservação, a águia-careca, que foi próxima da extinção nas décadas de 1960 e 1970, está se recuperando graças à Lei de Espécies Ameaçadas de 1973. Contudo, uma proposta do governo Trump recentes pode afetar essa trajetória, ao alterar a definição de “dano” sob a legislação, colocando em risco a preservação dos habitats dessas aves.

Recuperação e status atual das águias-carecas

Considerada o símbolo nacional dos Estados Unidos, a águia-careca foi retirada da lista de espécies ameaçadas em 2007, após sua população se recuperar significativamente. Em 1963, havia apenas 417 pares reprodutores nas 48 conurbações continentais, mas hoje existem mais de 71.400 pares em estado selvagem, refletindo uma conquista de longa data.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), a espécie tem se adaptado às mudanças climáticas, migrando para áreas mais ao norte e iniciando a postura de ovos mais cedo, fenômenos que ainda não comprometem sua reprodução. Entretanto, desafios ambientais continuam a surgir.

Impactos das mudanças climáticas e ambientais

Especialistas observam que eventos climáticos extremos, como a nevasca de março em Michigan, podem destruir áreas de nidificação ao acumularem gelo em árvores e estruturas. Scott Rush, professor da Universidade Estadual do Mississippi, aponta que as aves dependem de áreas protegidas, como parques nacionais e reservas, para sua migração e reprodução. A redução dessas áreas, devido a cortes e exploração, pode prejudicar sua permanência.

Alterações na legislação e ameaças ao habitat

Em abril, o governo Trump propôs uma mudança regulatória que, embora mantenha a proibição de ações que causem mortes diretas às espécies ameaçadas, elimina proteções importantes aos habitats naturais, que são essenciais para a sobrevivência da águia-careca e outras espécies. Essa alteração visa facilitar atividades de exploração de petróleo e madeira, aumentando o risco de destruição de habitats críticos.

Risco de aumento na mortalidade por eletrocussão

Além da perda de áreas protegidas, a eletricidade virou uma ameaça direta às águias. Com o aumento das temperaturas, a demanda por energia cresce, levando a mais construções e uso de linhas de transmissão. Scott Rush explica que muitas águias nidificam em torres de energia elétrica, onde podem sofrer eletrocussão ou causar apagões, fator agravado pelas mudanças climáticas.

Perspectivas de futuro para as águias-carecas

Mesmo com o progresso na recuperação populacional, especialistas alertam que as ações políticas e ambientais poderão reverter esse avanço. A redução das proteções para habitats e o aumento da interferência humana ameaçam manter a tendência de crescimento da espécie.

O futuro das águias-carecas dependerá de como os Estados Unidos equilibrarão a conservação ambiental com seus interesses econômicos e energéticos, além da vigilância pública para proteger sua importante história natural.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes