O Zoológico de Brasília, que estava fechado desde 28 de maio devido a casos de gripe aviária, reabrirá suas portas ao público na próxima segunda-feira, 7 de julho. A decisão de interdição foi tomada como medida preventiva para conter a circulação do vírus H5N1, que foi diagnosticado em duas aves dentro do parque.
Entenda a situação do zoológico em Brasília
Neste mês de junho, o zoológico registrou dois casos confirmados de gripe aviária. O primeiro, um irerê, foi diagnosticado em 28 de maio e confirmado no início de junho. O segundo caso foi um emu, cujos exames de confirmação foram feitos em 16 de junho. Além disso, um pombo foi encontrado morto na área do parque, mas a suspeita de contaminação foi rapidamente descartada.
A Subsecretária de Defesa Agropecuária do Distrito Federal, Danielle Kalkmann, explicou que a proximidade entre as aves pode ter contribuído para a disseminação do vírus. “O recinto dos emus está perto de um laguinho muito frequentado por irerês e outras aves. Estamos investigando como ocorreu o contágio”, disse. O irerê provavelmente estava apenas de passagem pela região, enquanto o emu pertencia ao zoológico.
Brasil se declara livre do vírus
Em uma boa notícia para o setor avícola brasileiro, o país foi declarado livre da gripe aviária após 28 dias sem novos casos em granjas comerciais. O Ministério da Agricultura anunciou que, com a situação controlada, os produtores poderão retomar as exportações de carne de frango, essencial para a economia do Brasil, que é um dos maiores exportadores desse produto no mundo.
Portanto, a confirmação de que não há mais casos na avicultura comercial tranquiliza os produtores, que enfrentaram restrições significativas. O Estado tomou medidas rigorosas para prevenir a propagação do vírus e, apesar dos casos em aves silvestres no zoológico, o risco para humanos permanece baixo, conforme afirmações de especialistas.
Riscos e recomendações para a população
Os riscos à saúde humana, segundo os especialistas, são praticamente inexistentes. As orientações são voltadas principalmente à população que cria aves em casa. Para esses, é indicado manter as aves em galinheiros protegidos, evitando qualquer contato com aves migratórias. O consumo de carne de frango e ovos produzidos na região é considerado seguro, já que o vírus H5N1 não sobrevive a temperaturas de cozimento.
A situação no zoológico ilustra a necessidade de cuidados. A desinfecção do espaço está em andamento desde o primeiro caso identificado. “Estamos tomando ações de biossegurança para evitar qualquer contaminação. A reabertura só acontecerá quando tivermos certeza de que a segurança foi restabelecida”, reforçou Danielle Kalkmann.
A responsabilidade das instituições
A reabertura do Zoológico de Brasília dependerá da aprovação da Secretaria de Agricultura do DF, que coordena o Serviço Veterinário Oficial. Além das medidas de higienização, a Secretaria ainda pretende desenvolver campanhas de conscientização sobre a prevenção da gripe aviária e os cuidados necessários para donos de aves em todo o Distrito Federal.
Com a reabertura, o público poderá novamente visitar as instalações do zoológico, enquanto as autoridades monitoram a situação de perto para garantir a segurança de todos. A combinação de práticas seguras e conscientização é crucial para evitar novos surtos e garantir um ambiente saudável para as aves e visitantes.
Assim, o Zoológico de Brasília se prepara para receber os visitantes com prudência, assegurando que as lições aprendidas com a gripe aviária sirvam de base para futuras gestões e cuidados com a saúde pública e animal.