Brasil, 3 de julho de 2025
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Sobrinha de morto pede laudo psiquiátrico após episódio bizarro no RJ

Érika de Souza Nunes, envolvida em caso de vilipêndio de cadáver, solicita avaliação psiquiátrica à Justiça.

O caso de Érika de Souza Vieira Nunes, que se tornou conhecido por levar o corpo sem vida de seu tio, Paulo Roberto Braga, para uma agência bancária no Rio de Janeiro, em abril de 2024, volta a ganhar novos contornos. A ré solicitou à Justiça que seja submetida a uma avaliação psiquiátrica, buscando comprovar um possível quadro de insanidade mental. A defesa espera que essa análise possa atestar sua inimputabilidade penal.

A defesa e o psiquiatra forense

A defesa de Érika contratou Hewdy Lobo Ribeiro, um psiquiatra forense de renome, que já prestou serviços em outros casos de grande repercussão no Brasil, como o de Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro, em 2018. Hewdy oferecerá seus serviços gratuitamente, seguindo o mesmo procedimento que utilizou no caso de Adélio.

Com a avaliação, o psiquiatra irá explorar 31 pontos diferentes relacionados à saúde mental de Érika, buscando determinar se ela realmente apresenta algum transtorno que a torne incapaz de responder por suas ações. Além disso, a defesa deve chamar Hewdy como testemunha de Érika na fase final do processo, o que logo acabou por ser interrompido após ela tentar se suicidar em uma clínica de recuperação na zona oeste do Rio de Janeiro.

Entenda o caso de vilipêndio de cadáver

O episódio que levou Érika aos holofotes aconteceu em abril de 2024, quando ela foi presa após tentar sacar R$ 17 mil de uma conta bancária usando o corpo de seu tio. O caso rapidamente viralizou nas redes sociais, causando indignação e perplexidade na opinião pública. As imagens da tentativa de saque mostram Érika conversando com o corpo do tio e insistindo para que ele assine o documento necessário, uma cena que deixou muitos perplexos.

Em seus depoimentos, Érika se apresentou como cuidadora de Paulo, alegando que estava apenas tentando resolver questões financeiras urgentes em meio a uma situação desesperadora. No entanto, as gravações feitas na agência revelaram um comportamento que levantou sérias questões sobre sua sanidade mental, levando seu advogado a solicitar uma avaliação psiquiátrica.

Consequências legais

Se o laudo psiquiátrico confirmar que Érika é considerada inimputável, ela pode ser submetida a medidas alternativas, como a internação compulsória em lugar de uma pena de prisão tradicional. Essa possibilidade se torna ainda mais impactante, dado o debate que vem se intensificando sobre as doenças mentais no sistema judiciário brasileiro. A saúde mental dos réus pode influenciar significativamente a forma como os casos são decididos, especialmente em situações tão delicadas quanto a de Érika.

Mais sobre o famoso psiquiatra e seus laudos

Hewdy Ribeiro não só foi envolvido no caso de Adélio, mas também atuou em outras situações de notoriedade, como a de Flordelis, condenada pelo assassinato do marido, e Suzane von Richthofen, envolvida no crime que chocou o Brasil em 2002. Sua experiência será crucial para avaliar Érika, já que ele irá fazer uma análise detalhada de suas condições emocionais e psicológicas.

Vídeo do caso

Um vídeo amplamente compartilhado online mostra Érika realizando a transação no banco, onde ela é vista se dirigindo ao corpo e pedindo para que ele assine. “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como…”, diz a sobrinha. Essa cena, que mescla desespero, manipulação e estranheza, tornou-se um marco de como a sociedade lida com a morte e suas implicações legais.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado ao local, e os paramédicos confirmaram que Paulo estava morto. O ato de levar o tio ao banco com a intenção de sacar dinheiro levantou questões legais sérias, incluindo vilipêndio de cadáver e tentativa de fraude.

Considerações finais

Este caso inusitado não traz apenas à tona questões sobre a legislação brasileira, mas também coloca em evidência a importância de se discutir a saúde mental no sistema judiciário. A avaliação psiquiátrica de Érika poderá modificar a trajetória de um processo que, definitivamente, já é marcado por tragédias e perplexidades. As próximas etapas deste julgamento ainda prometem gerar muito debate e reflexão na sociedade brasileira.

O público acompanha de perto essa história, que nos lembra como a vida e a morte podem se entrelaçar de maneiras inesperadas e trágicas.

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