Brasil, 2 de julho de 2025
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RFK Jr. admite risco de sua política de remover flúor da água, empolgando debates sobre saúde pública nos EUA

Secretário de Saúde dos EUA, RFK Jr., reconhece que retirar o flúor da água pode aumentar cáries e prejudicar a saúde dental pública.

O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., levantou preocupações sobre uma de suas próprias propostas de saúde pública, admitindo que a remoção do flúor da água potável pode resultar em um aumento no número de cáries, especialmente em comunidades de baixa renda. A declaração veio após questionamentos de uma âncora da Fox News durante uma entrevista recente, onde Kennedy reconheceu o potencial impacto negativo da política.

Controvérsia sobre o fim do fluoridação na água

Questionado por Harris Faulkner sobre os riscos de eliminar o flúor na água, Kennedy afirmou que a medida pode levar a uma maior incidência de cáries, especialmente entre crianças de famílias de baixa renda. “É uma questão de equilíbrio. Provavelmente veremos um ligeiro aumento de cavidades”, disse ele, admitindo que a mudança pode prejudicar a saúde bucal pública.

Essa postura conflitante gerou reações diversas. A Associação Americana de Odontologia (ADA), por exemplo, reafirmou seu apoio à fluoruração da água, destacando que suas 80 anos de experiência comprovam a segurança e eficácia do método para reduzir cáries e melhorar a saúde bucal. Segundo a ADA, a fluoridação deve ser considerada uma intervenção essencial na prevenção de problemas dentários.

Impactos globais e exemplos internacionais

O debate não é exclusivo dos EUA. Diversas cidades ao redor do mundo têm reavaliado suas políticas de fluoridação. Por exemplo, Calgary, no Canadá, voltou a inserir o flúor na água após uma década, após observar aumento de infeções e necessidade de tratamentos com antibióticos em crianças na ausência do fluor. Segundo o The New York Times, a experiência indica os riscos de retirar o flúor e os benefícios de sua reposição.

Reações nas redes sociais e opiniões públicas

Na internet, a postura de RFK Jr. despertou críticas severas e debates acalorados. Usuários do Reddit e do Twitter questionaram a lógica de uma política que pode aumentar os custos de tratamentos odontológicos e agravar desigualdades sociais. “Só porque uma medida é polêmica, não significa que ela seja melhor para a saúde pública”, comentou uma usuária no Reddit, destacando que a prioridade deve ser a prevenção e o acesso universal à saúde bucal.

Outro usuário ressaltou: “Como podemos afirmar que mais cáries fazem a América grande e saudável novamente?” A discussão expõe a polarização em torno de políticas preventivas, muitas vezes influenciadas por interesses econômicos e ideológicos, em detrimento da ciência e do consenso médico-odontológico.

Respostas institucionais e o papel da ciência

A comunidade científica mantém a fluoridação da água como uma estratégia comprovada e segura para combater cáries, especialmente em populações vulneráveis. Estudos do National Toxicology Program indicam que concentrações moderadas de flúor são seguras, enquanto níveis elevados podem afetar a inteligência infantil, embora a dose recomendada pelo CDC seja considerada segura.

Para a ADA, a fluoridação, aliada a uma nutrição adequada e cuidados de higiene, continua sendo uma medida fundamental para promover a saúde bucal coletiva. A discussão sobre riscos e benefícios reforça a importância de orientar políticas públicas baseadas em evidências e no bem-estar social.

Próximos passos e perspectivas

A polémica evidencia a complexidade da formulação de políticas de saúde pública, especialmente quando os interesses econômicos, científicos e sociais se intersectam. A discussão segue no Congresso e nas comunidades locais, enquanto especialistas alertam para o risco de deslocar o foco de ações comprovadas para estratégias baseadas em desconfiança e interesses ideológicos.

RFK Jr. confirmou que sua proposta de eliminar o flúor não está finalizada e que debates adicionais serão necessários. Independentemente do desfecho, a discussão reforça a necessidade de escolhas democráticas fundamentadas em ciência para garantir uma saúde pública mais equitativa e segura.

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