Brasil, 6 de julho de 2025
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Possibilidade de Carla Zambelli continuar mandato mesmo presa

Deputado sugere que Zambelli trabalhe na Câmara durante o dia e retorne à prisão à noite.

Em uma coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (2/7), o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), levantou uma proposta polêmica: a possibilidade de que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) possa continuar exercendo suas funções mesmo enquanto estiver presa. A declaração ocorreu em meio à discussão sobre a recente condenação de Zambelli pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta de Sóstenes Cavalcante

Durante a coletiva, Sóstenes afirmou que Zambelli poderia trabalhar na Câmara durante o dia e retornar para cumprir sua pena à noite. “Nós já tivemos, eu acho que no primeiro ou meu segundo mandato, dois parlamentares que tiveram casos semelhantes, cumpriam suas penas à noite e trabalhavam aqui durante o dia. Se for necessário com a Carla, será igual”, disse o deputado, expondo seu ponto de vista sobre a situação da parlamentar.

O advogado de Zambelli, Fábio Pagnozzi, também fez um comentário sobre a disposição da parlamentar em retornar ao Brasil para desempenhar seu trabalho. No entanto, ele não especificou quando isso aconteceria, deixando muitas interrogações no ar sobre o futuro da deputada e sua atuação na Câmara.

O contexto jurídico de Carla Zambelli

Carla Zambelli saiu do Brasil após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão devido seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Diante da sua fuga, o ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva, alegando que a parlamentar tentava evadir-se da aplicação da lei.

Atualmente, Zambelli está licenciada, e sua situação legal gerou debates importantes dentro do Congresso. A questão da perda de seu mandato tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, onde o advogado de Zambelli protocolou a defesa contestando esse processo. No entanto, a perda do mandato já foi determinada pelo STF.

Recuo do presidente da Câmara

O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), inicialmente havia afirmado que a Mesa Diretora acataria a determinação do STF sobre a perda do mandato de Zambelli. Contudo, sob pressão da oposição, Motta retrocedeu em sua decisão e declarou que a “palavra final” sobre o assunto caberia ao plenário da Câmara. Essa situação evidencia a complexidade política que envolve a atuação dos parlamentares, principalmente quando lidam com casos de desvio ou ilegalidade.

A repercussão entre os parlamentares

A sugestão de Sóstenes Cavalcante provocou reações variadas entre os deputados. Enquanto alguns defendem a continuidade dos trabalhos parlamentares independente das circunstâncias pessoais de Zambelli, outros consideram que sua condenação deveria resultar em uma suspensão imediata de suas funções. A situação destaca a divisão de opiniões em torno da ética e da legalidade no exercício do mandato.

Em meio a essa turbulenta discussão, a sociedade brasileira observa atenta às ações e decisões da Câmara, que enfrenta um dilema: como equilibrar a law and order com os direitos individuais de um parlamentar. A forma como os líderes da Câmara abordarem o caso de Carla Zambelli poderá impactar a imagem da instituição e a confiança pública nas suas decisões.

Próximos passos pra Carla Zambelli

Agora, a expectativa recai sobre a próxima movimentação da defesa de Zambelli e como os parlamentares irão lidar com essa situação. A continuidade do seu mandato, mesmo sob prisão, seria um marco histórico, mas também levanta questões críticas sobre a justiça e a accountability dentro do sistema político brasileiro.

Enquanto isso, a vida política de Carla Zambelli permanece em um limbo, aguardando decisões judiciais e legislativas que poderão determinar seu futuro e a integridade do legislativo. Nestes tempos de incerteza, o desenrolar desse caso será não só um exemplo da aplicação da lei, mas também uma referência para o fortalecimento da política democrática no Brasil.

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