Brasil, 2 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Nova autópsia de Juliana Marins gera expectativa por justiça

A nova autópsia do corpo de Juliana Marins, que faleceu na Indonésia, será realizada por peritos brasileiros com a presença da família.

Na manhã desta quarta-feira (2), o corpo de Juliana Marins, a jovem brasileira que morreu após cair na trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, passou por uma nova autópsia no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro. O exame, conduzido por peritos da Polícia Civil, contou com a presença de um representante da família e de um perito federal, e tem como objetivo esclarecer as circunstâncias em que a jovem faleceu.

Desdobramentos após a morte de Juliana Marins

A autópsia realizada na Indonésia, logo após a recuperação do corpo, afirmou que Juliana sofreu múltiplas fraturas e lesões internas, mas deixou em aberto muitas questões sobre a hora e a causa exata de sua morte. O laudo divulgado pelo médico legista indonésio indicou que Juliana teria sobrevivido por 20 minutos após a queda, mas não especificou o momento do trauma. Isso gerou a necessidade de uma investigação mais aprofundada, que levou a família a buscar a Justiça.

O pai de Juliana, Manoel Marins, expressou sua preocupação com a qualidade do exame realizado na Indonésia. “Precisamos saber se a necropsia que ele fez foi bem feita. Me pareceu que o hospital não dispõe de tantos recursos assim”, declarou ele em entrevista ao RJ2. Esse tipo de incerteza levou a família a solicitar uma revisão dos protocolos de segurança do Parque Nacional do Monte Rinjani, onde ocorreu o trágico acidente.

O papel da Defensoria Pública

A Defensoria Pública da União foi crucial para que a nova autópsia fosse autorizada. A defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo caso, disse que a falta de clareza no laudo indonésio motivou o pedido de uma nova investigação. Além disso, a Defensoria também enviou um ofício a Polícia Federal pedindo a abertura de um inquérito. “Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para garantir que a verdade sobre a morte da Juliana seja revelada”, afirmou a defensora.

Primeiro exame na Indonésia e suas implicações

A primeira autópsia realizada em Bali, um dia após o incidente, foi marcada por falhas de comunicação e desinformação, como relatou Mariana Marins, irmã de Juliana. Ela criticou a condução da coletiva de imprensa que ocorreu antes da família ter acesso ao laudo: “Foi um caos e absurdo. Minha família foi chamada ao hospital para receber o laudo, mas o médico preferiu fazer a coletiva antes de falar com a gente. É absurdo atrás de absurdo”, reclamou Mariana, ressaltando a falta de respeito com a dor da família.

A divulgação do exame inicial e as circunstâncias que cercam a morte de Juliana geraram não apenas tristeza, mas também indignação entre familiares e amigos, que buscam justiça e respostas. O impacto emocional da tragédia ecoa não apenas nas vidas de quem conhecia Juliana, mas também na comunidade brasileira, que se sensibiliza com a situação.

A importância de esclarecer a verdade

A aguardada nova autópsia pode ampliar as investigações do caso e, potencialmente, levá-lo a cortes internacionais, como enfatizado pela Defensoria. O resultado do exame pode mudar o rumo da investigação e fornecer respostas que a família tanto anseia. A necessidade de justiça e esclarecimento sobre a morte de Juliana revela a importância de garantir a segurança em trilhas e parques naturais, onde incidentes semelhantes podem ocorrer.

Para a família, este processo é uma busca por mais que respostas; é uma busca por dignidade em meio a uma tragédia. A nova autópsia representa mais uma etapa nesse caminho e, enquanto o Brasil e o mundo acompanham o desenrolar das investigações, a esperança de que a verdade venha à tona persiste.

Com o intuito de fornecer uma cobertura completa sobre o caso, a sociedade civil se mobiliza a favor de justiça. A expectativa agora é pelo fornecimento de dados precisos, que possam oferecer não só respostas para a família, mas também para todos que se solidarizam com esta triste história.

Manoel e a filha Juliana
Reprodução
Legistas não esclareceram em que dia Juliana Marins morreu
Reprodução/TV Globo
Link da fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes