Brasil, 3 de julho de 2025
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Mercosul finalize acordo comercial com a EFTA após oito anos de negociações

Bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia conclui negociação com Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, ampliando acesso ao mercado europeu

O Mercosul anunciou nesta quarta-feira (2), durante a 66ª Cúpula em Buenos Aires, a conclusão das negociações de um acordo comercial com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA). Com isso, o bloco norte-americano reforça sua integração com países de alta renda na Europa, após oito anos de intensas negociações iniciadas em 2017.

Detalhes do acordo entre Mercosul e EFTA

O acordo, que ainda precisa ser ratificado pelos respectivos países, visa facilitar o comércio de bens e serviços entre os blocos. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o entendimento garante acesso facilitado a 100% das exportações industriais do Mercosul para o mercado europeu, expandindo oportunidades de crescimento econômico e geração de empregos.

Perspectivas econômicas e comerciais

Criada em 1960, a EFTA é uma organização intergovernamental que reúne Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, com uma população de 15 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) agregado de US$ 1,4 trilhão. Países como Liechtenstein, com renda média anual de US$ 186 mil por habitante, e a Suíça, com US$ 104,5 mil, destacam-se entre as nações mais ricas em termos de PIB per capita.

De acordo com o governo brasileiro, o mercado de serviços da EFTA é um dos maiores do mundo. Em 2024, o bloco importou US$ 284 bilhões em serviços e exportou US$ 245 bilhões, posicionando-se como o nono maior importador e exportador mundial na área. Essa movimentação demonstra o potencial de expansão para as empresas brasileiras e do bloco na economia de serviços.

Próximos passos e ratificação do acordo

Apesar do sucesso na negociação, o acordo ainda necessita de ratificação por cada um dos países envolvidos para entrar em vigor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa de encontros em Buenos Aires, afirmou que o Brasil assumirá a presidência pro tempore do Mercosul pelos próximos seis meses, facilitando a tramitação do processo.

Reforço às relações comerciais do Mercosul

Segundo Alckmin, a assinatura do acordo demonstra o compromisso do bloco em ampliar suas relações comerciais e fortalecer a economia regional. “Este acordo é uma oportunidade de diversificação dos mercados e estímulo às exportações brasileiras”, ressaltou o ministro.

O anúncio ocorre em um momento de intensificação das negociações comerciais do Mercosul, que também firmou acordos com outros blocos, como a União Europeia, finalizado em 2024, e Singapura, em 2023. A expectativa é de que a ratificação seja concluída em breve, ampliando a conectividade econômica do bloco com outras regiões.

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