Brasil, 1 de julho de 2025
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Por que o mercúrio é removido das vacinas, mesmo sendo considerado seguro?

Apesar de estudos affirmarem a segurança do thimerosal, ele vem sendo eliminado das vacinas, acalmando preocupações públicas e novas recomendações

Recentemente, um painel de especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomendou a retirada do thimerosal das vacinas contra a gripe, gerando debate sobre a segurança do ingrediente. A decisão ocorre mesmo após múltiplos estudos indicarem que, em pequenas doses, o composto é seguro.

Origem e uso do thimerosal nas vacinas

O thimerosal, que contém uma forma de mercúrio chamada etilmercuro, foi introduzido na década de 1930 como conservante para evitar contaminações em vacinas de múltiplas doses. “Na época, muitas vacinas eram armazenadas em frascos grandes, e a introdução de um conservante ajudou a prevenir infecções resultantes da contaminação pelo uso repetido do mesmo frasco”, explica o Dr. Jason Goldman, presidente da Associação Americana de Médicos.

Até 2001, o uso do thimerosal era comum em vacinas infantis e na vacina contra a influenza em frascos múltiplos. Desde então, a maioria das vacinas pediátricas passou a ser isenta do ingrediente, que permanece apenas em algumas doses de vacinas contra a gripe comercializadas em frascos múltiplos.

Segurança do mercúrio na vacinação

Embora o mercúrio seja conhecido por seu potencial tóxico, o etilmercuro é eliminado rapidamente pelo organismo, diferentemente do metilmercuro encontrado em peixes, que se acumula no corpo. “Dados de diversos estudos não mostram evidências de danos causados pelas doses de thimerosal utilizadas”, afirma o site do CDC. Isso inclui avaliações de possíveis efeitos neurológicos ou relacionados ao autismo.

Razões para a retirada do thimerosal

Despite the scientific evidence, a preocupação pública persistiu, alimentada por movimentos anti-vacina e discussões sobre possíveis riscos de exposição ao mercúrio. Como uma medida de precaução, o governo dos EUA eliminou o ingrediente do calendário vacinal infantil em 2001, para tranquilizar os pais e reforçar a confiança nas vacinas. Ainda assim, o thimerosal permanece em algumas doses de vacinas contra a gripe para evitar contaminações.

Implicações da nova recomendação

A sugestão do CDC visa fortalecer a confiança na segurança das vacinas contra a gripe e garantir a continuidade da imunização com ingredientes considerados seguros. A expectativa é que a remoção do thimerosal em futuras campanhas de vacinação ajude a reduzir qualquer potencial receio, mesmo que infundado, e melhore a adesão ao imunizante.

Especialistas destacam que a decisão não altera a eficácia das vacinas. “A eliminação do conservante é mais uma medida de precaução do que uma necessidade clínica”, observa a imunologista Ana Rodrigues. O próximo passo depende da aprovação formal do CDC, e o impacto deve ser avaliado nas próximas temporadas de vacinação contra a influenza.

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